Título: Protesto cresce no Senegal: sociedade civil recusa adiamento das eleições presidenciais
Introdução :
No Senegal, a decisão do Presidente Macky Sall de adiar as eleições presidenciais levou a um descontentamento crescente na sociedade civil. Apesar da proibição da marcha planeada, o movimento de cidadãos Aar Sunu Elections promete mobilizar-se novamente para manifestar a sua recusa ao adiamento e exigir o regresso ao calendário eleitoral inicial. À medida que as tensões persistem, o país encontra-se numa encruzilhada.
A vontade de voltar à agenda inicial:
A plataforma Eleições Aar Sunu, composta por mais de cinquenta organizações da sociedade civil, está determinada a fazer ouvir a sua voz. Ela está a organizar uma nova marcha silenciosa para expressar a sua rejeição ao adiamento das eleições presidenciais e para exigir o regresso à agenda inicial. Os membros fundadores acreditam que o Presidente Macky Sall traiu o povo senegalês ao adiar as eleições e apelam a um rápido regresso ao calendário republicano.
Medidas de apaziguamento do presidente Macky Sall:
O Presidente Macky Sall, embora não pareça disposto a recuar na sua decisão de adiar as eleições presidenciais, está a tentar acalmar a situação. Ele restaurou o sinal da televisão privada Walf TV, cujo sinal havia sido cortado, demonstrando assim um gesto de abertura. Além disso, estão a ser consideradas medidas de apaziguamento, como a libertação de presos políticos. Figuras da sociedade civil, como Alioune Tine, actuam como intermediários entre o presidente e a oposição para encontrar um canal de discussão.
Apela à calma e ao diálogo:
Confrontados com a tensão que reina no Senegal, vários intervenientes, incluindo o chefe da comunidade religiosa de Tidianes e dois ex-presidentes, apelam à contenção e incentivam o diálogo entre os intervenientes políticos. Estes apelos à calma e à procura de soluções pacíficas estão a aumentar, e é essencial que todas as partes interessadas priorizem o diálogo para sair desta situação crítica.
A decisão do Conselho Constitucional esperava:
O Conselho Constitucional será o último órgão a decidir sobre o adiamento das eleições presidenciais. Os candidatos da oposição têm utilizado este órgão para avaliar se a lei que promulga o adiamento respeita ou não a Constituição. Enfatizam que este adiamento viola a Constituição ao manter o Presidente Macky Sall no poder para além do final do seu mandato. O Conselho Constitucional deve decidir no prazo de um mês.
Preocupações internacionais:
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou sérias preocupações sobre a situação política no Senegal. Apelou ao país para que realize eleições o mais rapidamente possível, respeitando o calendário eleitoral e a transição presidencial prevista na Constituição. A pressão internacional ajudará a resolver esta crise política?
Conclusão:
O Senegal atravessa um período de intensos protestos após o adiamento das eleições presidenciais. Embora a sociedade civil se recuse a permanecer em silêncio, o Presidente Macky Sall procura aliviar as tensões. A decisão do Conselho Constitucional será decisiva para o futuro do país. Entretanto, é essencial que o diálogo e a calma prevaleçam para encontrar uma solução pacífica para a crise. O mundo inteiro está de olhos postos no Senegal, na esperança de que esta situação possa ser resolvida da melhor forma possível para a estabilidade do país.