Forças de poder e de segurança cada vez mais criticadas durante protestos no Senegal
A decisão do Presidente Macky Sall de adiar as eleições do país para Dezembro gerou protestos e protestos intensos no Senegal. Os confrontos mortais entre manifestantes e a polícia na semana passada exacerbaram a crise que actualmente abala o país, com os cidadãos a denunciarem uma tentativa do presidente de prolongar o seu mandato.
Perante esta situação, as organizações de direitos humanos, como o Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, apelaram às autoridades para que preservem a tradição de democracia e respeito pelos direitos humanos que caracteriza o Senegal há muito tempo.
Liz Throssell, porta-voz do Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, sublinhou a importância da ordem dada às forças de segurança para respeitarem os direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão, associação e reunião pacífica. Ela também lamentou a morte de três jovens durante as manifestações e a prisão de 266 pessoas, incluindo jornalistas.
No meio desta tensão crescente e dos apelos a mais protestos, o Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos apelou a todas as partes para que evitem a violência. Salientou também a necessidade de um diálogo nacional inclusivo, envolvendo todas as partes interessadas relevantes, incluindo grupos da oposição, mulheres, jovens e grupos marginalizados.
Esta situação é ainda mais grave tendo em conta que o Senegal é considerado uma das democracias mais estáveis da região da África Ocidental, marcada nos últimos anos por uma série de golpes militares.
Não há dúvida de que a tensão persistente no Senegal e as consequências desta crise serão acompanhadas de perto pela comunidade internacional. Todos os olhares estão agora voltados para as autoridades senegalesas para ver como irão gerir esta delicada situação, mantendo um equilíbrio entre o respeito pelos direitos humanos e a estabilidade política do país.