A situação humanitária na Faixa de Gaza continua a deteriorar-se, à medida que os palestinianos enfrentam uma série de obstáculos para receber assistência humanitária essencial. Desde o início do conflito com Israel, o acesso à ajuda alimentar, à água potável e aos fornecimentos médicos tornou-se cada vez mais difícil para os 2,2 milhões de palestinianos que vivem nesta região devastada pela guerra.
A ONU descreveu o processo de entrega de ajuda humanitária a Gaza como “impossível” na prática. As inspeções prolongadas e a relutância de Israel em permitir a entrada de ajuda levaram à escassez de suprimentos básicos para os residentes de Gaza. De acordo com o Crescente Vermelho Palestiniano, o número de camiões de ajuda que entram em Gaza caiu de 500 por dia para apenas 95 desde o início do conflito.
Esta situação é tanto mais preocupante quanto as necessidades humanitárias são cada vez mais significativas. Um grande número de pessoas está deslocado e necessita urgentemente de assistência para satisfazer as suas necessidades básicas. A UNRWA, a agência das Nações Unidas responsável pela distribuição da ajuda em Gaza, alertou que pode ser forçada a suspender as operações devido à falta de financiamento.
Além disso, alguns doadores importantes, incluindo os Estados Unidos, suspenderam o financiamento à UNRWA após as acusações de Israel de que algum pessoal da agência estava envolvido em ataques do Hamas. Esta suspensão de fundos só piora a crise humanitária em Gaza.
Os palestinianos encontram-se encurralados entre os constantes ataques de Israel e os obstáculos à ajuda humanitária. São vítimas de uma crise económica e humanitária sem precedentes, com escassez de alimentos, água e medicamentos que ameaçam a sua sobrevivência.
É essencial que a comunidade internacional se mobilize para pressionar Israel a facilitar a entrega de ajuda humanitária a Gaza. Devem também ser tomadas medidas para garantir um financiamento estável para as agências humanitárias que trabalham no terreno.
A situação actual é insustentável e exige uma acção imediata para salvar vidas e aliviar o sofrimento dos palestinianos. Os direitos humanos fundamentais não devem ser comprometidos em meio a conflitos. As vidas de civis inocentes não podem ser usadas como moeda de troca. É hora de a comunidade internacional agir e acabar com esta crise humanitária em Gaza.