A mineração na República Democrática do Congo (RDC) registou progressos consideráveis nos últimos anos, de acordo com o Primeiro-Ministro Jean-Michel Sama Lukonde e a Ministra das Minas, Antoinette Nsamba Kalambayi. Durante o fórum mineiro Indaba realizado na África do Sul, destacaram os progressos alcançados pelas empresas mineiras estabelecidas no país.
Durante um pequeno-almoço temático sobre a RDC organizado à margem do fórum, Antoinette Nsamba Kalambayi revelou que as empresas mineiras destinaram parte do seu volume de negócios ao desenvolvimento de infra-estruturas. Graças a uma atribuição de 0,3% do volume de negócios pago por 42 empresas mineiras na fase de produção, foram construídas escolas, hospitais e centrais fotovoltaicas nas províncias de Haut-Katanga, Lualaba e Haut-Uele. Também foram criadas escolas superiores de mineração, demonstrando o investimento feito pelo sector mineiro no desenvolvimento socioeconómico da RDC.
No entanto, Louis Watum, presidente da Câmara de Minas da Federação das Empresas Congolesas (FEC), destacou os desafios enfrentados pela mineração na RDC. Destacou o défice energético que o país atravessa e que dificulta a mineração ideal. Lamentou também o baixo investimento global na exploração mineral em África, apesar das significativas reservas de recursos minerais que o continente detém.
Na sequência desta reunião, todas as partes interessadas concordaram com a necessidade de diversificar a economia congolesa, que se baseia principalmente no sector extractivo. Esta diversificação tornaria a economia do país menos vulnerável às flutuações nos preços das matérias-primas e promoveria um desenvolvimento mais sustentável.
É encorajador ver os esforços das empresas mineiras na RDC para contribuir para o desenvolvimento do país. No entanto, é essencial continuar a enfrentar os desafios relacionados com a energia e a promover uma mineração que respeite o ambiente e os direitos das comunidades locais. A diversificação da economia continua a ser um grande desafio para garantir um crescimento estável e sustentável na República Democrática do Congo.