Título: As condições de detenção de Sylvia e Nourredin Bongo levantadas pelos seus advogados
Introdução :
Os advogados de Sylvia e Nourredin Bongo, a antiga primeira-dama e o seu filho, expressaram recentemente preocupações sobre as condições de detenção dos seus clientes. Encarcerados durante vários meses na prisão central do Gabão, foram detidos na sequência do golpe de 30 de Agosto e estão actualmente a ser processados por diversas acusações, que vão desde alta traição até peculato financeiro por parte de um gangue organizado. O respeito pelos seus direitos e o tratamento que recebem durante a detenção estão no centro das preocupações daqueles que os rodeiam.
Supostos atos de tortura:
Eu, François Zimeray, advogado de Sylvia e Nourredin Bongo, afirma que seus clientes foram submetidos a atos inaceitáveis de tortura durante a detenção. No entanto, ele não quis revelar os detalhes desses maus-tratos. No entanto, insiste na necessidade de respeitar a presunção de inocência, a integridade e a dignidade humana dos seus clientes.
Acusações rejeitadas por fonte judicial:
Em resposta às alegações, uma fonte jurídica qualificou as acusações de pura manipulação mediática, dizendo que não faziam sentido. Esta fonte nega também qualquer interesse em maltratar os detidos e sublinha que os direitos dos arguidos são respeitados.
Isolamento e visitas restritas:
O acesso dos advogados e familiares de Sylvia e Nourredin Bongo detidos é particularmente difícil. Eu, François Zimeray, fui ao Gabão duas vezes em dezembro para encontrá-los, mas não fui autorizado a vê-los. O mesmo se aplica a um advogado gabonês que obteve autorizações de comunicação do sistema judicial, mas foi impedido de aceder aos seus clientes sem qualquer razão oficial apresentada.
Condições diferenciadas:
As condições de detenção de Sylvia e Nourredin Bongo são diferentes. Sylvia Bongo está encarcerada na prisão feminina desde outubro. Segundo algumas fontes, ela ficaria alojada numa ala especialmente desenhada, beneficiando de uma cama nova, pinturas refeitas e refeições preparadas pela irmã. Também lhe são concedidas visitas consulares e assistência médica.
Por outro lado, o filho Bongo estaria sujeito a um regime mais severo. Ele vive em uma única cela austera, com isolamento quase total. O seu contacto com outros reclusos seria limitado e as autoridades penitenciárias nem sempre permitiam a citação pelos tribunais. Problemas estomacais também exigiram atenção médica.
Conclusão:
Os advogados de Sylvia e Nourredin Bongo continuam a lutar pelo respeito pelos direitos dos seus clientes e por um tratamento digno na detenção. Alegações de maus-tratos e dificuldades de acesso aos seus clientes levantam preocupações sobre o respeito pelos direitos humanos e pela dignidade humana. Os futuros desenvolvimentos nesta matéria serão acompanhados de perto pela opinião pública.