Os apoiantes de Imran Khan lideram as eleições no Paquistão, com uma vantagem limitada sobre os partidos tradicionais, mas isso não garante a sua capacidade de formar um governo. Os resultados preliminares mostram que o partido Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI) de Imran Khan obteve 92 assentos, enquanto a Liga Muçulmana do Paquistão-N (PML-N) de Nawaz Sharif obteve 63 assentos. O Partido Popular do Paquistão (PPP) de Bilawal Bhutto Zardari também se saiu melhor do que esperado com 50 lugares. Atrasos na publicação dos resultados levantaram suspeitas de fraude e desencadearam violência pós-eleitoral que deixou duas pessoas mortas.
Apesar do forte desempenho eleitoral, o PTI precisará de alianças para obter maioria absoluta e formar governo. O PML-N parece estar em melhor posição para formar uma coligação, dada a sua posição favorável nos resultados preliminares e o apoio dos militares. No entanto, nada acabou ainda, pois outros partidos também terão a oportunidade de cortejar os independentes apoiados pelo PTI e reuni-los para a sua causa.
Os apoiantes de Imran Khan expressaram descontentamento com os atrasos na publicação dos resultados, suspeitando de manipulação dos números. A violência eclodiu, nomeadamente na província de Khyber Pakhtunkhwa, reduto do PTI, onde dois apoiantes perderam a vida. Estes incidentes destacam as tensões e divisões em curso na sociedade paquistanesa.
Estas eleições legislativas no Paquistão revelaram um limite à manipulação eleitoral, demonstrando que o exército nem sempre consegue obter o que pretende. Isto reflecte a evolução do cenário político e a aspiração dos cidadãos por eleições justas e transparentes.
Em conclusão, embora os apoiantes de Imran Khan estejam a liderar as eleições no Paquistão, terão de formar alianças para obter a maioria e governar. Atrasos na publicação dos resultados levantaram suspeitas de fraude, levando à violência pós-eleitoral. Estas eleições realçaram o desejo dos eleitores de garantir que o seu voto conta e que o processo democrático é respeitado.