Goma cercada: a asfixia da cidade alta e estratégica
No Norte de Kivu, a situação piora dia após dia para a cidade de Goma. Está agora rodeado por terroristas do M23, aliados da AFC de Corneille Nangaa e apoiados pelo Ruanda. Esta estratégia de cerco coloca Goma numa posição muito preocupante, isolando-a do resto do mundo e privando-a de todos os abastecimentos.
As consequências são desastrosas para a população de Goma. As rotas de acesso aos territórios vizinhos, como Rutshuru, Masisi e Minova, estão agora bloqueadas, impedindo o comércio e o abastecimento. Com a progressão do inimigo, que conquistou cada vez mais territórios, a cidade viu-se isolada e sem litoral.
Esta situação ameaça a sobrevivência dos habitantes de Goma. Privados de qualquer saída terrestre, a sua única esperança reside no Lago Kivu. No entanto, esta solução não apresenta qualquer perspectiva económica positiva, porque a guerra violenta não permite o desenvolvimento do comércio.
Enquanto as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) prometem contra-ataques e multiplicam declarações, o inimigo avança impunemente, ocupando cada vez mais território. Entretanto, o governo congolês gasta milhões de dólares pagando forças militares estrangeiras como a MONUSCO, a EAC e a SADC, que nem sequer lutam no terreno.
A declaração da Presidente da Tanzânia, Samia Suluhu, de que a SADC não está lá para combater o M23, mas para promover o diálogo, destaca a hipocrisia e a cumplicidade de várias organizações internacionais nesta crise. Este silêncio de Kinshasa, esta falta de reacção face ao cerco de Goma, deixa um sentimento de cumplicidade interna.
É urgente que o governo congolês intervenha para salvar a população de Goma desta asfixia iminente. É melhor prevenir do que remediar, e esperar que a coligação M23-RDF-AFC entre na cidade antes de retaliar seria um erro fatal. O governo deve agir agora para libertar Goma desta asfixia, porque cada dia que passa pode resultar em perdas humanas desnecessárias.
Em conclusão, Goma encontra-se numa situação crítica, cercada e isolada do resto do mundo pelos terroristas do M23. O governo congolês deve tomar medidas urgentes para salvar a população desta asfixia iminente.