“Crise nas universidades do Chade: estudantes em greve pela reabilitação dos excluídos”

As universidades no Chade enfrentam atualmente uma grande crise, uma vez que os estudantes entraram em greve em 31 de janeiro de 2024. As aulas são interrompidas em todo o país devido a uma disputa entre estudantes e funcionários da universidade de Ndjamena. A polémica gira em torno da recusa dos responsáveis ​​em reabilitar estudantes excluídos por mau comportamento, apesar de uma decisão judicial ordenar a sua recadastramento.

Esta situação levou a uma escalada de tensões, com os estudantes a optarem por recorrer à greve para expressarem o seu descontentamento. As autoridades policiais tiveram de intervir para impedir a instalação de barricadas nas universidades da capital e prevenir qualquer potencial violência.

O presidente da União Nacional dos Estudantes Chadianos (Unet), Mahamat Saleh Ahmat Ali, convocou uma greve para exigir a reabilitação dos estudantes excluídos. Ele afirma que 32 estudantes excluídos injustamente foram reintegrados por decisão judicial, mas que a universidade se recusa a implementar esta decisão. Em sinal de solidariedade, a sede nacional da Unet decidiu lançar uma greve geral e ilimitada em todo o território nacional a partir de 1 de fevereiro de 2024.

No entanto, nem todos os estudantes são unânimes nesta questão. Alguns, como Yaya Barkaï Mahamat, o Secretário Executivo da secção Unet de Ndjamena, questionam a posição dos seus camaradas. Salientam que alguns dos estudantes excluídos estiveram envolvidos em actos de violência e vandalismo e sugerem que pode ser justificada uma acção disciplinar. Eles acreditam que os alunos devem retornar às aulas normalmente e deixar a justiça seguir seu curso.

A crise atual corre o risco de atrasar o ano letivo e prejudicar os estudos dos alunos. Alguns acreditam que a responsabilidade pela aplicação da justiça não deve recair sobre os estudantes, mas sim sobre as autoridades competentes. No entanto, outros sublinham a importância de fazer cumprir as decisões judiciais para garantir a justiça e a igualdade na educação.

Entretanto, cerca de dez estudantes, incluindo o presidente da Unet, foram detidos e colocados sob custódia policial por perturbarem a ordem pública. Funcionários da Universidade de Ndjamena ainda não responderam aos pedidos de comentários da imprensa.

Esta greve estudantil destaca as tensões contínuas entre estudantes e funcionários universitários no Chade. Também destaca os desafios que os estudantes enfrentam no acesso a uma educação de qualidade e na proteção dos seus direitos. É essencial que todas as partes envolvidas trabalhem em conjunto para encontrar uma solução pacífica e duradoura para esta crise, para garantir um ambiente de aprendizagem estável que conduza ao sucesso dos alunos.

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