O projeto do comboio urbano “METROKIN” em Kinshasa: uma nova era para a mobilidade na capital congolesa
Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, é uma das cidades mais populosas de África, com rápido crescimento populacional e elevada densidade populacional. Para enfrentar estes desafios, as autoridades municipais tomaram medidas para melhorar a mobilidade urbana, em particular através do projecto de comboio urbano denominado “METROKIN”.
Este ambicioso projecto visa estabelecer uma rede ferroviária urbana moderna e eficiente, cobrindo uma distância total de 300 quilómetros. Incluirá quatro linhas principais que ligarão várias partes de Kinshasa, incluindo a estação central, o aeroporto internacional de N’djili, as principais artérias da cidade e áreas periféricas.
A primeira fase do projecto, avaliada em 250 milhões de dólares, abrangerá a linha que liga a estação central ao aeroporto de N’djili, numa distância de 25 quilómetros. Esta linha será seguida por outras duas fases, abrangendo respectivamente as principais artérias de Kinshasa e os arredores da cidade. Finalmente, a última fase ligará o aeroporto internacional de N’djili à comuna de Maluku.
A criação desta rede ferroviária urbana trará inúmeros benefícios à população de Kinshasa. Em primeiro lugar, reduzirá os engarrafamentos e os congestionamentos, proporcionando viagens mais rápidas e eficientes. Além disso, isto reduzirá as emissões de gases com efeito de estufa e promoverá transportes mais ecológicos.
No entanto, a concretização deste projecto exige também a resolução de um grande desafio: a demolição das construções anárquicas que se situam na faixa de domínio da linha férrea. O governador da cidade, Gentiny Ngobila, tomou medidas rigorosas destinadas a demolir estas construções, a fim de libertar o espaço necessário para a realização do projecto METROKIN. Foram assinados despachos nesse sentido, cabendo agora ao Gabinete Central de Coordenação (BCECO) indemnizar os ocupantes das casas construídas na linha férrea.
A empresa METROKIN, criada em janeiro de 2022, é responsável pela execução e gestão do projeto. É composta por três acionistas principais: Trans Connexion Congo S.A (TCC), responsável pelos estudos técnicos e financeiros; a Direção Nacional de Transportes (ONATRA), responsável pela validação dos estudos; e a cidade de Kinshasa, que desempenha o papel de delegar autoridade.
Este projecto de comboio urbano representa um grande avanço para a cidade de Kinshasa, oferecendo novas perspectivas em termos de mobilidade urbana. Irá estimular o desenvolvimento económico e social da capital congolesa, facilitando a circulação dos residentes e promovendo o acesso aos diferentes bairros da cidade.