As consequências da saída do Mali, do Burkina Faso e do Níger da CEDEAO estão a causar sérias preocupações entre os transportadores rodoviários da região. Na verdade, estes três países são encruzilhadas estratégicas para o transporte rodoviário na África Ocidental. A questão da livre circulação de bens e pessoas é agora aguda e os intervenientes no sector temem as consequências económicas negativas que poderão resultar desta situação.
Com efeito, a CEDEAO garantiu até agora um ambiente favorável aos transportadores rodoviários, com vantagens como a livre circulação de mercadorias, a ausência de vistos para os motoristas e formalidades administrativas simplificadas nas fronteiras. Esta situação facilitou muito o comércio e contribuiu para o desenvolvimento económico da região.
Com a saída destes três países, surge agora a questão dos vistos e das formalidades aduaneiras. As transportadoras temem atrasos e custos adicionais que possam surgir da reintrodução de vistos e de controlos fronteiriços mais rigorosos. É, portanto, legítimo estar preocupado com as perdas financeiras significativas que isto causaria às empresas de transporte.
Além disso, o Mali, o Burkina Faso e o Níger são países sem litoral que dependem em grande parte do comércio com os seus vizinhos. A sua localização geográfica estratégica torna-os grandes intervenientes no transporte rodoviário na África Ocidental. A reorientação do comércio após a sua saída da CEDEAO poderá ter repercussões significativas nos países fronteiriços que terão de se adaptar a esta nova realidade.
Os sindicatos dos camionistas da região pedem, portanto, esclarecimentos rápidos à CEDEAO, a fim de conhecer as condições e o calendário de saída dos países em causa. Esta incerteza pesa fortemente sobre o setor dos transportes que procura respostas para garantir a continuidade das suas atividades e evitar perdas económicas.
Em conclusão, a saída do Mali, do Burkina Faso e do Níger da CEDEAO poderá ter consequências prejudiciais para os transportadores rodoviários na África Ocidental. A questão da livre circulação de mercadorias e pessoas coloca-se agora com força e os intervenientes do sector manifestam as suas preocupações sobre o impacto económico desta decisão. É portanto necessário que sejam tomadas medidas para mitigar estas consequências e garantir o bom funcionamento do transporte rodoviário na região.