O retorno triunfante de Dieuf-Dieul de Thiès: redescoberta de um tesouro musical senegalês

Le Dieuf-Dieul de Thiès: um retorno inesperado ao cenário musical senegalês

Nas sombras há várias décadas, Dieuf-Dieul de Thiès, um emblemático grupo senegalês, ressurge com o lançamento de um álbum gravado em 2019. Este grupo, que marcou o panorama musical local nos anos 70, desapareceu durante muitos anos, deixando por trás de um legado musical promissor, mas nunca explorado comercialmente.

A história de Dieuf-Dieul de Thiès é marcada por reviravoltas. Em 2013 e 2015, o seu nome ressurgiu graças a compilações dedicadas a artistas esquecidos de África. No entanto, essas aparições não tiveram seguimento concreto. Mas desta vez a situação é diferente. Estas compilações despertaram o grupo que se reformou e retomou os concertos, recrutando novos músicos e até embarcando numa digressão europeia em 2017.

Infelizmente, desde então, o grupo sofreu perdas trágicas, com o falecimento dos membros fundadores, bem como de outros membros históricos. Pensávamos que o Dieuf-Dieul de Thiès estava destinado a permanecer uma memória do passado, mas uma surpresa veio perturbar esta ideia pré-concebida.

Esta surpresa é a revelação de um álbum gravado em grande parte em 2019 no Instituto Francês de Saint-Louis. Graças ao material trazido da França, o grupo conseguiu captar melhor a essência do seu repertório, regravando títulos antigos como a famosa “Na Bineta” e também novas composições fiéis ao espírito original do grupo.

Bass Sarr, o último membro sobrevivente da banda original, diz que eles acreditavam fortemente na qualidade do seu trabalho: “Acreditávamos fortemente nisso porque sabíamos que tínhamos ouro nas mãos”. Na verdade, Dieuf-Dieul de Thiès sempre foi reconhecido pela sua capacidade de fundir diferentes influências musicais da África Ocidental e das Caraíbas, criando assim um som único e cativante.

A aventura deste grupo começou no final dos anos 70, quando Bass Sarr conheceu os músicos de Ouza, um cantor popular no Senegal. Decidiram então formar uma união musical, misturando suas influências musicais variadas, do blues americano à pachanga cubana. Apesar da concorrência acirrada com outros grupos locais, Dieuf-Dieul de Thiès rapidamente construiu uma reputação, tocando em clubes e sendo notado pela Rádio Televisão Senegalesa.

O grupo decidiu então ir para Casamança, região rica em tradições musicais, para aperfeiçoar o seu estilo. Após um período de viagens e aprendizagem musical na vizinha Gâmbia, foram forçados a regressar ao Senegal devido a um golpe de estado. Porém, ao retornar a Thiès em 1983, tensões e fragilidades internas acabaram desmantelando o grupo, cada um seguindo seu caminho..

Hoje, o lançamento do álbum gravado em 2019 é uma importante virada na história de Dieuf-Dieul de Thiès. Isso ajuda a mostrar sua música única e a reintroduzir sua herança musical no cenário atual. Apesar das provações e perdas que viveram, os Dieuf-Dieul de Thiès demonstram que a sua música ainda tem um poder de atração e emoção, mesmo décadas após o seu auge.

Seja para os amantes dos sons antigos de África ou para os novos ouvintes que procuram novas experiências musicais, o álbum Dieuf-Dieul de Thiès é uma verdadeira jóia a descobrir. Celebra o talento e a criatividade deste grupo senegalês, ao mesmo tempo que testemunha a importância de preservar e reavivar o património musical do nosso passado.

Referências :
– [Link para a compilação Aw Sa Yone](example.com)
– [Link para o álbum Dieuf-Dieul de Thiès](example.com)

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