O Irão está a dar mais um passo no campo da exploração espacial ao anunciar com orgulho que lançou com sucesso três satélites simultaneamente no espaço. Um feito tecnológico que atesta a determinação do país em continuar as suas atividades aeroespaciais, apesar das sanções ocidentais que lhe foram impostas.
O lançamento dos satélites Mahda, Kayhan 2 e Hatef foi realizado com o lançador Simorgh, uma conquista do Ministério da Defesa iraniano. Estes três satélites, colocados em órbita a uma altura de 450 km acima da Terra, têm como objetivo testar subsistemas de satélites e realizar missões de investigação e telecomunicações.
Este sucesso surge uma semana após o lançamento do satélite de investigação Soraya, transportado pelo foguetão Ghaem-100 da Guarda Revolucionária. Este último foi colocado em órbita a uma altura recorde de 750 km, marcando um marco significativo nas capacidades de exploração espacial do Irão.
Embora o Irão afirme que as suas actividades aeroespaciais são pacíficas e em conformidade com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, os países ocidentais expressaram preocupações sobre a potencial utilização da tecnologia para o desenvolvimento de mísseis balísticos. Na verdade, os sistemas de lançamento de satélites podem incorporar tecnologias semelhantes às utilizadas para mísseis capazes de transportar ogivas nucleares.
Apesar das sanções económicas impostas pelos Estados Unidos após a sua retirada do acordo nuclear internacional em 2018, o Irão continua o seu envolvimento no domínio da exploração espacial. Este sucesso demonstra a vontade do país de se destacar no cenário internacional e desenvolver as suas competências tecnológicas.
As conquistas do Irão no espaço suscitaram reacções mistas por parte dos países ocidentais. Enquanto a Alemanha, a França e o Reino Unido manifestaram o seu desacordo numa declaração conjunta, Teerão respondeu acusando estes países de interferência.
Em última análise, o lançamento de três satélites confirma simultaneamente os avanços tecnológicos do Irão no domínio da exploração espacial. Apesar das sanções que lhe são impostas, o país persevera no desejo de se posicionar como uma potência aeroespacial. Resta saber qual será a reacção da comunidade internacional a este progresso.