O movimento de cidadãos “Vijana Tulamuke RDC” acusou recentemente a governadora da província de Tanganica, Julie Ngungua, de desvio de fundos públicos. Segundo esta empenhada estrutura da sociedade civil, o chefe do executivo provincial teria desviado ilegalmente mais de 274 mil dólares norte-americanos no espaço de dois meses.
Numa queixa formal apresentada ao Procurador-Geral do Tribunal de Cassação, o movimento alega que Julie Ngungua utilizou cerca de 13.000 USD destinados ao transporte de efígies do Chefe de Estado de Kinshasa para Kalemie, bem como 31.000 USD para a impressão de banners para promover a visibilidade do Chefe de Estado.
Além disso, a organização de cidadãos acusa o governador de desvio de uma quantia de 500 milhões de francos congoleses reservada para a recepção do Presidente da República em Tanganica.
Para além destas acusações, o movimento Vijana Tulamuke RDC denuncia também desvios de fundos destinados a despesas médicas e funerárias, que no entanto foram validados pela Inspecção-Geral de Finanças. Por exemplo, as despesas médicas do chefe de gabinete do governador, no valor de 61.414.020 FC, teriam sido validadas mas não cobradas.
O movimento insta o Presidente Tshisekedi a tomar medidas para permitir uma investigação judicial imparcial sobre este caso de peculato. Apela também a que os princípios do Estado de direito sejam postos em prática e que a justiça não seja corrompida.
Refira-se que esta não é a primeira vez que acusações de peculato têm como alvo o governador desta província. Em Maio de 2023, a Assembleia Provincial já a tinha acusado de desvio de fundos públicos e adoptou uma moção de censura contra ela. No entanto, o Tribunal Constitucional reabilitou-a dois meses depois.
É essencial que sejam tomadas medidas para garantir a transparência e a responsabilização na gestão dos fundos públicos. As acusações de peculato devem ser levadas a sério e investigadas minuciosamente para preservar a integridade do serviço público e garantir a confiança dos cidadãos nos seus líderes.
Em conclusão, é imperativo que as autoridades relevantes tomem medidas imediatas para investigar estas alegações de peculato e que a justiça seja feita de forma transparente e imparcial. Só uma acção determinada reforçará a confiança dos cidadãos nos seus líderes e promoverá a integridade e a boa governação na administração pública.