Título: A crise humanitária na região dos Grandes Lagos: um apelo à humanidade
Introdução :
A região dos Grandes Lagos, na África Central, continua a enfrentar inúmeras crises, com consequências devastadoras para as populações locais. Contudo, persiste a indiferença a este sofrimento, o que prolonga as tragédias vividas por estas pessoas vulneráveis. O Cardeal Fridolin Ambongo, durante uma missa pela paz em Goma, expressou a sua preocupação pelo facto de os nossos corações se tornarem insensíveis à miséria dos nossos vizinhos. Este artigo destaca a necessidade de um pouco de humanidade na resolução da crise na região dos Grandes Lagos.
Um problema político e económico:
Segundo o Cardeal Ambongo, o problema na sub-região dos Grandes Lagos vai além de uma simples questão política. Este é também um problema económico, onde entram em jogo os interesses económicos, mas sublinha que a fonte dos conflitos está nos nossos corações, que se tornaram indiferentes ao sofrimento do próximo. Apesar das vítimas, dos deslocados e das atrocidades cometidas, a nossa insensibilidade persiste, transformando os nossos corações em pedra.
Uma visita apostólica pela paz:
Para tentar resolver esta crise, bispos católicos do Burundi, do Ruanda e da RDC empreenderam uma visita apostólica à região. Partilham uma mensagem comum: “Quem quer a paz prepara a paz”. Reconhecem que a Igreja é um actor fraco, sem exército, mas que utiliza o seu ministério pastoral para promover a paz. Mesmo que os resultados concretos das suas ações não sejam completamente mensuráveis, o seu compromisso com a paz através do evangelho é inegável.
Supere a indiferença e aja:
É urgente superar esta indiferença e agir para acabar com a crise na região dos Grandes Lagos. Os bispos apelam à consciência colectiva, tanto entre os cidadãos comuns como entre os líderes, para restaurar a humanidade e a compaixão nos nossos corações. É hora de reconhecer o sofrimento das pessoas, trabalhar em conjunto para encontrar soluções duradouras e pôr fim a esta crise que já dura décadas.
Conclusão:
A crise humanitária na região dos Grandes Lagos é uma realidade dolorosa, mas pode ser atenuada se mostrarmos um pouco de humanidade. Sensibilizando e agindo em favor da paz, podemos ajudar a pôr fim ao sofrimento das populações desta região. É hora de transformar os nossos corações de pedra em corações cheios de empatia e solidariedade, a fim de acabar com esta crise humanitária que não pode mais ser ignorada.