O futuro da coligação internacional anti-jihadista no Iraque está no centro das discussões entre Bagdad e Washington. O primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Chia al-Soudani, lançou recentemente uma primeira ronda de conversações com representantes das forças de segurança iraquianas e da coligação. O objetivo é conseguir uma “redução gradual” do número de tropas estrangeiras em território iraquiano até ao final da sua missão. Fala-se também em estabelecer relações bilaterais de segurança entre o Iraque, os Estados Unidos e os países parceiros da coligação.
Esta iniciativa surge num contexto regional tenso, marcado por um aumento de ataques contra soldados americanos e da coligação. Estes ataques, perpetrados principalmente por grupos armados pró-Irão, são uma consequência directa do conflito em Gaza entre Israel e o Hamas palestiniano.
O número de conselheiros da coligação poderá, portanto, ser gradualmente reduzido e o pessoal militar americano no Iraque estará certamente no centro das discussões. Os Estados Unidos têm actualmente cerca de 2.500 soldados no Iraque e quase 900 na vizinha Síria, todos envolvidos na coligação internacional.
O estabelecimento de relações bilaterais de segurança entre o Iraque e os Estados Unidos levanta muitas questões. Terá o Iraque de assumir a responsabilidade exclusiva pela luta contra o jihadismo no seu território? Como podemos garantir a segurança e a estabilidade do país sem o apoio da coligação internacional?
Estas discussões bilaterais constituem um passo crucial para o futuro do Iraque e da região. Ajudarão a definir um calendário preciso para terminar a missão da coligação e abrir caminho para novas formas de cooperação em segurança. O desafio será conseguir um equilíbrio delicado entre a autonomia do Iraque e a necessidade de assistência internacional para combater eficazmente o jihadismo. A transição para relações de segurança bilaterais será, portanto, um grande desafio para o Iraque e para a estabilidade da região como um todo.
Em conclusão, as discussões bilaterais entre o Iraque e os Estados Unidos sobre o futuro da coligação internacional anti-jihadista são um tema de grande actualidade. A redução gradual do número de tropas estrangeiras no Iraque e o estabelecimento de novas formas de cooperação em segurança levantam muitas questões sobre a autonomia do Iraque e a estabilidade da região. Encontrar um equilíbrio delicado será essencial para garantir a segurança e a estabilidade do Iraque, continuando simultaneamente a combater eficazmente o jihadismo.