A Namíbia surpreende e qualifica-se para os oitavos-de-final da Taça das Nações Africanas pela primeira vez na sua história. Um desempenho notável que é o orgulho de um país inteiro. Neste próximo jogo crucial frente a Angola, os Bravos Guerreiros sabem que não começarão como favoritos. No entanto, o técnico Collin Benjamin mostra um otimismo sem limites e uma atitude descontraída em relação ao assunto.
Ao contrário de alguns treinadores que são reservados e não deixam transparecer nada antes de um jogo importante, Collin Benjamin tem uma abordagem diferente. Sorridente, jovial e provocador, ele aborda esta partida histórica com confiança e descontração. Tem consciência de que Angola é uma equipa experiente e formidável, tendo chegado aos quartos-de-final em 2008 e 2010. No entanto, está convencido de que a velocidade e agressividade dos jogadores namibianos poderão criar dificuldades aos seus adversários.
Apesar da incerteza do resultado, Collin Benjamin acredita que a sua seleção já conseguiu um excelente CAN. Chegar às oitavas de final é uma conquista da qual pode se orgulhar, principalmente depois dos fracassos das edições anteriores. Porém, esse desempenho também aguça o apetite dos Brave Warriors. O treinador afirma: “Depois de atingir um determinado nível, queremos ir mais longe. Ainda temos fome de vitórias. Não será fácil, mas com certeza vamos tentar a sorte”.
A seleção da Namíbia apresenta-se como azarão, mas é considerada uma equipa entusiasmante e motivada. Na primeira jornada frente ao Mali, os jogadores mostraram um futebol de qualidade, embora a partida tenha terminado empatada a 0-0. Collin Benjamin enfatiza a importância da solidariedade e unidade do seu grupo para encurralar os angolanos.
Para além da questão desportiva, Collin Benjamin demonstra evidente alegria por estar presente na Costa do Marfim nesta competição continental. Para ele, o CAN é muito mais do que um torneio de futebol. É uma vitrine da cultura africana e dos talentos africanos. Ele expressa o seu orgulho ao declarar: “O mundo está a observar-nos neste momento. É mais do que futebol, é o continente que mostra ao mundo que estamos aqui”.
Apesar da derrota sofrida frente à África do Sul na primeira jornada, Collin Benjamin prefere manter o positivo e destacar o progresso da sua equipa. Ele até brinca traçando um paralelo com heróis fictícios: “A Namíbia está entre os 16 melhores times, irmão! Nos filmes, Michael Knight, Superman, Batman nunca morrem. E agora estamos neste clube!”
Nos vemos no apito final para saber se os Bravos Guerreiros continuarão sua aventura neste CAN. Apesar de tudo, eles já fizeram a história do futebol namibiano e inspiraram um país inteiro com a sua carreira excepcional.