O cenário político congolês continua a evoluir com o recente lançamento de uma aliança política pelos ministros Vital Kamerhe, Julien Paluku, Jean-Lucien Bussa e Tony Kanku. Esta iniciativa, que reúne mais de 100 deputados nacionais, visa reforçar a coesão e a disciplina no seio da maioria presidencial.
Esta aliança pretende ser aberta a qualquer membro e recebeu apoio oficial do UDPS, o partido presidencial. No entanto, vozes dentro do partido de Félix Tshisekedi questionam a oportunidade desta iniciativa. Alguns vêem isso como uma corrida por posições, uma guerra de lances para obter posições-chave dentro do governo ou das instituições.
No entanto, Vital Kamerhe refuta estas acusações e afirma que o objectivo desta aliança é verdadeiramente fortalecer a coesão dentro da família política do Presidente Tshisekedi. Segundo ele, a União Sagrada, plataforma presidencial inicial, era um “pega-tudo” e esta nova aliança permitirá ter um bloco homogéneo e sólido ao lado da UDPS.
Na verdade, com mais de 100 deputados nesta aliança, o Presidente Tshisekedi pode ter a certeza de ter a maioria no Parlamento. Isto dá-lhe uma margem de manobra significativa para governar e ter em conta o equilíbrio político interno. Além disso, esta aliança também poderia permitir-lhe controlar várias províncias, tendo a possibilidade de eleger governadores e presidentes de assembleias provinciais.
É interessante notar que esta aliança surge depois das eleições legislativas em que vários grupos políticos obtiveram apenas um ou dois deputados cada. Esta fragmentação de votos provavelmente contribuiu para a criação desta nova aliança, com o objectivo de consolidar o poder e ter melhor eficácia política.
Em conclusão, o lançamento desta aliança política pelos ministros Vital Kamerhe, Julien Paluku, Jean-Lucien Bussa e Tony Kanku marca um passo importante na evolução do cenário político congolês. Esta iniciativa visa reforçar a coesão e a disciplina dentro da maioria presidencial e poderá permitir ao Presidente Tshisekedi ter uma maioria sólida no Parlamento e aumentar o controlo sobre certas províncias.