A parceria entre os Estados Unidos e Angola atingiu novos patamares. Pelo menos é essa a afirmação do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, durante a sua visita a Luanda na passada quinta-feira. Durante uma conferência de imprensa, Blinken falou sobre vários assuntos actuais, incluindo o conflito entre o Ruanda e a República Democrática do Congo. Louvou os esforços de Angola para acalmar as tensões na região e sublinhou que o processo de paz liderado pelo Ruanda, em conjunto com o processo de Nairobi, oferece a melhor esperança para uma paz duradoura.
Além de discutir questões políticas, Blinken também discutiu a cooperação espacial entre os Estados Unidos e Angola. Angola está entre os países participantes nos Acordos Artemis, um acordo-quadro para a cooperação na exploração espacial no âmbito dos projectos de exploração lunar da NASA. Esta colaboração marca uma nova etapa na relação entre os dois países e oferece oportunidades de parceria científica e tecnológica.
A visita de Blinken a Angola faz parte de uma viagem por quatro países africanos, durante a qual também se encontrou com os líderes de Cabo Verde e da Costa do Marfim. Este passeio concentra-se no comércio, na segurança e na promoção da democracia. À medida que o continente africano enfrenta crises mortais e conflitos políticos, os Estados Unidos apresentam-se como um aliado económico e de segurança fundamental para a região.
Alguns críticos, no entanto, acreditam que África foi relegada para segundo plano pela administração Biden, que parece mais preocupada com outras questões internacionais como o conflito na Ucrânia, a guerra entre Israel e o Hamas, bem como a sua rivalidade com a China. O facto de o Presidente Biden não ter cumprido a sua promessa de visitar África no ano passado reforça esta percepção.
É essencial sublinhar a importância destas relações diplomáticas e parcerias económicas entre os Estados Unidos e África. África é um continente rico em recursos naturais e oportunidades de negócios, e é crucial que os Estados Unidos mantenham ali uma forte presença político-económica. Além disso, a promoção da paz e da democracia em África é essencial para prevenir conflitos e promover o desenvolvimento sustentável.
No entanto, é importante que a administração Biden preste atenção continuada a África e não a relegue para segundo plano. Os desafios que África enfrenta, como o aumento do terrorismo, a pandemia da COVID-19 e as crises políticas, exigem uma acção concertada e um apoio contínuo dos Estados Unidos e da comunidade internacional.
Em conclusão, a relação entre os Estados Unidos e Angola está a fortalecer-se e o nosso país continua a afirmar o seu papel como um aliado fundamental em África. No entanto, é essencial que este enfoque continue e que África continue a ser uma prioridade nas políticas externas dos EUA. Ao apoiar o desenvolvimento económico, a promoção da paz e a democracia em África, os Estados Unidos podem contribuir para um futuro mais seguro e próspero para o continente e reforçar a sua própria posição na região.