“Trabalhadores do sexo em Madagascar: uma realidade chocante de violência e discriminação, mas uma nova esperança com Médicos do Mundo”

Em Madagáscar, a situação dos trabalhadores do sexo é alarmante. Segundo um estudo recente realizado pela Médicos do Mundo, estes profissionais são vítimas diárias de violência de género. Esta categoria de trabalhadores é frequentemente estigmatizada, desprezada e privada, deixando pouco espaço para melhorar a sua saúde e os seus direitos.

Lova, uma trabalhadora do sexo de 23 anos, partilha a sua experiência de violência física e psicológica regular. Os clientes nem sempre respeitam o preço acordado e quando Lova exige o que deve, é atingida. A violência sexual também é comum, por vezes orquestrada por vários homens. Os insultos também fazem parte do seu dia a dia, principalmente por parte dos pais da vizinhança que se recusam a deixar os filhos brincarem com os dele.

Perante esta realidade chocante, Médicos do Mundo lançou um novo programa intitulado “Direito, Empoderamento e Saúde”. Este projecto visa melhorar a saúde e os direitos dos trabalhadores do sexo em Madagáscar. A Dra. Valérie Raberanto, gestora do programa, explica que o objetivo é mudar comportamentos e mentalidades, para que os trabalhadores do sexo possam aceder aos serviços de saúde sexual e reprodutiva sem medo ou vergonha.

Este programa, que se estende por um período de quatro anos, também se concentra em informar os trabalhadores do sexo sobre os seus direitos. Mas também visa sensibilizar o resto da população para quebrar estereótipos e preconceitos em relação a esta categoria de trabalhadores.

Concluindo, é fundamental destacar a realidade das trabalhadoras do sexo em Madagascar, que vivenciam diariamente a violência e a discriminação. O programa Médicos do Mundo representa um raio de esperança para melhorar a sua situação, incentivando o acesso aos serviços de saúde e trabalhando para uma mudança de mentalidades na sociedade.

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