Em notícias recentes, os Estados Unidos confirmaram que realizaram ataques aéreos na Somália, tendo como alvo três militantes afiliados ao Al-Shabab, um grupo ligado à Al-Qaeda. Segundo o Comando dos Estados Unidos para África, os ataques foram realizados a pedido do governo somali, numa área remota a aproximadamente 35 quilómetros a nordeste da cidade portuária de Kismayo.
Embora as identidades dos indivíduos visados não tenham sido reveladas, não foram registadas vítimas civis na sequência destes ataques. O Al-Shabab representa uma ameaça constante às forças americanas e aos interesses de segurança de Washington. Este grupo militante trava uma insurreição há 16 anos contra o governo da Somália apoiado pelo Ocidente, com o apoio das tropas de manutenção da paz da União Africana.
O Al-Shabab também realizou ataques extremistas significativos no vizinho Quénia, nomeadamente contra as forças de manutenção da paz da União Africana, incluindo soldados quenianos. Em 2020, o grupo invadiu uma importante base militar antiterrorista dos EUA na costa do Quénia, causando perda de vidas e destruição. No âmbito de uma retirada faseada, a força multinacional de manutenção da paz da União Africana está actualmente a retirar-se da Somália, com o objectivo de transferir as responsabilidades de segurança para as forças somalis.
No entanto, persistem preocupações sobre a preparação das forças somalis para enfrentar este desafio. No mês passado, o governo somali saudou a decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas de levantar o embargo de armas imposto ao país há mais de três décadas, esperando que isso contribua para a modernização das forças somalis. Este levantamento do embargo deverá permitir à Somália reforçar a sua defesa e lutar contra as capacidades do terrorismo.
É essencial continuar a acompanhar a situação na Somália, porque a luta contra o Al-Shabab e a estabilização do país constituem grandes desafios para a segurança regional e internacional. A cooperação internacional e o apoio contínuo às forças somalis serão essenciais para enfrentar esta ameaça persistente e ajudar a consolidar a paz na Somália.