O estado actual da liberdade de imprensa na África Subsariana é motivo de preocupação, com o número de jornalistas encarcerados a aumentar. De acordo com um relatório recente do Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), o número de jornalistas atrás das grades aumentou de 31 em 2022 para 47 em 1 de dezembro de 2023.
Um país que se destaca como violador da liberdade de imprensa em África é a Eritreia, com 16 jornalistas actualmente detidos. Isto coloca o país na vanguarda dos violadores da liberdade de imprensa na região. O que é particularmente alarmante é que a Eritreia ocupa a sétima posição a nível mundial nos casos mais antigos de jornalistas detidos sem qualquer acusação.
A Etiópia segue de perto a Eritreia, com 8 jornalistas detidos. O relatório destaca que o número crescente de jornalistas etíopes presos reflecte o ambiente desafiante dos meios de comunicação social no país. Isto é motivo de preocupação, uma vez que uma imprensa livre é essencial para a democracia e para responsabilizar aqueles que estão no poder.
Os Camarões são outro país com um número significativo de jornalistas atrás das grades, com 6 detidos. A situação nos Camarões realça os riscos que os jornalistas enfrentam nos seus esforços para informar sobre questões importantes e fornecer uma cobertura noticiosa objectiva.
Um caso particularmente preocupante é o de Stanis Bujakera Tshiamala na República Democrática do Congo (RDC). Tshiamala está atualmente detido numa cela comunitária na infame prisão de Makala, em Kinshasa. O CPJ manifesta preocupação com a falta de atenção e apoio global a Tshiamala e outros jornalistas encarcerados em prisões africanas.
É essencial que a comunidade internacional preste atenção à situação destes jornalistas e defenda a sua libertação. A liberdade de imprensa é um direito humano fundamental que deve ser defendido em todos os países. Ao pressionar os governos para que respeitem a liberdade de imprensa e ao apoiar os jornalistas que enfrentam a prisão, podemos trabalhar no sentido de uma sociedade mais transparente e responsável.
O relatório do CPJ serve como um lembrete de que a luta pela liberdade de imprensa está longe de terminar. Os jornalistas desempenham um papel crucial na sociedade, descobrindo a verdade e informando o público. É nosso dever apoiar e proteger o seu trabalho.