Apesar dos desafios legais e da rejeição de uma petição, figuras da oposição apelaram à realização de protestos a nível nacional para contestar os resultados eleitorais e exigir uma nova votação. O governo, em resposta, avisou que iria reprimir estes protestos.
O líder da oposição da República Democrática do Congo (RDC), Felix Tshisekedi, foi empossado para um segundo mandato como presidente durante uma cerimónia realizada no Stade des Martyrs, em Kinshasa. O evento atraiu milhares de cidadãos congoleses e contou com a presença de vários chefes de estado africanos e enviados estrangeiros.
Durante o seu discurso inaugural, o Presidente Tshisekedi prometeu unir o país e pôr fim aos conflitos armados que deslocaram milhões de pessoas no leste da RDC. O líder de 60 anos, que venceu com 73% dos votos segundo a comissão eleitoral, prometeu construir uma nação forte, unida e próspera durante o seu segundo mandato.
No entanto, as eleições foram marcadas por disputas, com nove candidatos da oposição a rejeitar os resultados, alegando fraude generalizada e práticas desonestas. Apesar dos desafios legais e da rejeição de uma petição, figuras da oposição apelaram à realização de protestos a nível nacional para contestar os resultados eleitorais e exigir uma nova votação. O governo, em resposta, avisou que iria reprimir estes protestos.
No meio destas tensões, milhões de congoleses esperam que o Presidente Tshisekedi cumpra a sua promessa de provocar mudanças positivas. O líder tradicional Adrien Mutundu expressa a sua esperança, dizendo: “Peço a Deus que chegue ao coração do presidente para que ele respeite o que acaba de nos dizer. Ele disse que corrigiria os erros que cometeu durante o seu primeiro mandato”.
O antigo candidato presidencial Theodore Ngoy destacou a opção de contestar os resultados eleitorais através de protestos de rua, lembrando ao presidente a sua própria história de protestos por razões semelhantes.
Ao iniciar o seu segundo mandato, o Presidente Tshisekedi enfrenta uma nação que enfrenta divisões internas, desafios económicos e uma insegurança crescente no Leste. Apesar dos obstáculos, ele está empenhado em resolver estes problemas e em trazer mudanças positivas para a RDC. Os próximos anos testarão a sua capacidade de navegar num cenário político fragmentado e de cumprir as suas promessas de uma RDC melhor e mais estável.
(Nota do editor) Descubra as imagens da cerimónia de posse do Presidente Tshisekedi na República Democrática do Congo no nosso artigo dedicado: [link do artigo dedicado]
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