O dia 22 de janeiro de 2024 continuará a ser uma data histórica para a Libéria, com a cerimónia de posse do novo Presidente Joseph Boakaï. Milhares de pessoas reuniram-se em Monróvia para testemunhar este grande acontecimento na jovem democracia da Libéria.
A cerimónia decorreu no Capitólio, sede do governo, num ambiente festivo. O novo presidente tomou posse e proferiu um discurso que suscitou críticas, sobretudo pela sua excessiva extensão. Na verdade, a duração de mais de uma hora exigiu duas pausas para o Presidente Boakaï, que finalmente deixou o pódio com a ajuda de pessoas próximas dele. Um incidente que alimentou preocupações sobre a sua idade e estado de saúde, já levantadas durante a campanha eleitoral.
Apesar destas polémicas, a cerimónia de inauguração foi marcada pela presença de muitos convidados ilustres, como o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki, e o antigo presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo. Representantes dos Estados Unidos, Serra Leoa e Gana também estiveram presentes, reflectindo a importância deste dia para a região.
A Libéria, minada pela corrupção e pela pobreza, deposita grandes esperanças em Joseph Boakaï para iniciar uma mudança positiva. O presidente cessante, George Weah, também participou na cerimónia, defendendo o seu percurso nos últimos anos do seu mandato.
Joseph Boakaï já afirmou o seu desejo de romper com os excessos do seu antecessor, reduzindo os custos da sua cerimónia de investidura. Um gesto simbólico que demonstra o seu compromisso no combate à corrupção e na gestão responsável dos recursos do país.
Os liberianos esperam que o novo presidente possa satisfazer as suas expectativas em termos de desenvolvimento económico, luta contra a pobreza e reforço do Estado de direito. Joseph Boakaï comprometeu-se a fazer uma avaliação inicial do seu mandato nos próximos 100 dias, proporcionando assim transparência à sua acção desde os primeiros meses da sua presidência.
A cerimónia de inauguração de Joseph Boakaï marca uma nova era para a Libéria. Os desafios são numerosos, mas a esperança está aí, transportada pelo desejo de mudança e progresso. Resta saber se o novo presidente conseguirá corresponder às expectativas e conduzir o país para um futuro melhor.