“Juntos pela República em espera: Participação na Assembleia Nacional da RDC posta em causa na sequência dos resultados das eleições presidenciais”

Juntos pela República, o partido do opositor Moise Katumbi, viu-se no centro das discussões após a declaração dos resultados provisórios das eleições presidenciais de 20 de Dezembro de 2023 na República Democrática do Congo (RDC). Embora o partido tenha inicialmente decidido não enviar os seus deputados à Assembleia Nacional, está prevista uma reunião nos próximos dias para reconsiderar esta decisão.

Durante uma conferência de imprensa conjunta da oposição por videoconferência, Moise Katumbi sublinhou que a questão da participação na Assembleia Nacional ainda não foi decidida. Lembrou que a decisão final não caberia apenas a ele, mas seria tomada coletivamente durante uma reunião com os sócios do Ensemble pour la République.

No entanto, Moise Katumbi afirmou a posição firme do Ensemble pour la République relativamente ao não reconhecimento das eleições. Exigiu a anulação dos resultados devido ao prolongamento do processo eleitoral e às diversas irregularidades que prejudicaram a votação.

Declarações recentes de Olivier Kamitatu, membro do Ensemble pour la République, sobre a possível participação no parlamento levantaram questões sobre a linha oficial do partido. Moise Katumbi esclareceu a situação dizendo que as observações de Kamitatu não representavam a posição do Ensemble pour la République e que a decisão final seria tomada colectivamente na próxima reunião.

Relativamente aos resultados eleitorais, o Ensemble pour la République obteve 23 assentos na Assembleia Nacional, de acordo com resultados provisórios publicados pela Comissão Eleitoral Nacional Congolesa (Ceni). Contudo, enquanto o partido não exigir o cancelamento das eleições, a questão da participação permanece sem solução.

Esta situação realça as tensões políticas que reinam na RDC e a importância das decisões tomadas pelos vários partidos da oposição. A escolha final do Ensemble pour la République sobre a participação na Assembleia Nacional terá um impacto significativo na dinâmica política do país nos próximos meses.

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