Os ataques terrestres realizados pelos militares dos EUA contra os Houthis no Iémen continuam a ser manchetes. Durante a noite de quarta para quinta-feira, 14 mísseis prontos para serem lançados foram alvo de forças americanas em diferentes áreas controladas por rebeldes pró-Irã.
Estas greves ocorrem num contexto de tensões crescentes na região do Médio Oriente. Os Houthis, apoiados pelo Irão, aumentaram os ataques nas últimas semanas contra navios mercantes, que acusam de estarem ligados a Israel.
As autoridades americanas consideram que estes mísseis representavam uma ameaça imediata aos navios mercantes e aos edifícios da Marinha dos EUA. Alegam ter agido no exercício do seu direito e da sua obrigação legítima de se defenderem.
Por seu lado, os Houthis continuam a afirmar o seu direito de atacar os navios que se dirigem aos portos israelitas, como sinal de solidariedade com os palestinianos em Gaza. Eles rejeitam as tentativas dos EUA e do Reino Unido para impedi-los de agir.
Esta escalada de tensões levou os Estados Unidos a estabelecer uma força naval multinacional para proteger os navios que atravessam o Mar Vermelho, uma importante rota de trânsito que representa até 12% do comércio global. As forças dos EUA já interceptaram numerosos mísseis e drones disparados do Iémen, onde os Houthis controlam grande parte do território.
A situação permanece, portanto, tensa no Iémen, com uma série de ataques aéreos terrestres que mostram a determinação das forças americanas em defender os seus interesses e proteger os navios mercantes na região. As consequências destas ações ainda são incertas, mas colocam mais uma vez em evidência as rivalidades geopolíticas que agitam o Médio Oriente.