O conflito israelo-palestiniano entre Israel e o Hamas atingiu o seu 100º dia neste domingo, marcando um marco importante neste conflito mortal. Enquanto as tensões continuam elevadas, um vídeo divulgado pelo grupo palestino mostra três reféns israelenses implorando ao governo que os leve para casa. Este vídeo causou preocupação entre os familiares dos reféns, que aguardam ansiosamente notícias sobre seu destino.
O primeiro-ministro israelita quis tranquilizar as famílias, afirmando que não desistiria de ninguém e que estava a fazer todo o possível para trazer todos os reféns para casa. Ele ressaltou que os esforços foram constantes e nunca pararam. No entanto, apesar da promessa de entrega de medicamentos aos reféns, os incessantes bombardeamentos em Gaza estão a alimentar os receios das famílias em Israel.
Este último organizou uma manifestação de apoio de 24 horas em Tel Aviv, na esperança de pressionar o governo a dar prioridade ao regresso dos reféns. Alguns críticos dizem que o governo não está fazendo o suficiente para libertá-los.
Desde o ataque mortal de 7 de Outubro, no qual o Hamas e outros militantes palestinianos capturaram cerca de 250 pessoas e mataram quase 1.200, a maioria delas civis, pouco progresso visível foi feito no sentido de um novo acordo para a libertação dos reféns. As famílias dos reféns aproveitam, portanto, esta oportunidade do 100º dia para lançar um novo apelo ao governo.
Paralelamente a esta situação, também ocorreram protestos antigovernamentais, com exigências de eleições antecipadas e apelos à demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Os manifestantes bloquearam uma importante rodovia em Tel Aviv, entrando em confronto com a polícia, que fez prisões para restaurar a ordem. Alguns manifestaram-se mesmo em frente à residência privada do Primeiro-Ministro, manifestando a sua insatisfação com a gestão da crise.
No norte do Líbano, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse num discurso televisionado que a campanha de Israel em Gaza estava “atolada no fracasso”. As tensões aumentaram ainda mais depois de um ataque aéreo israelita ter matado um comandante de elite do Hezbollah, em 8 de Janeiro. Israel encontra-se agora envolvido em trocas de tiros quase diárias com o grupo libanês, um aliado do Hamas.
Esta escalada de violência na região levanta preocupações sobre a possibilidade de uma intensificação do conflito israelo-palestiniano. Os esforços diplomáticos para encontrar uma solução duradoura parecem bloqueados neste momento, deixando os reféns israelitas e as suas famílias numa incerteza angustiante.