A nova Assembleia Nacional da RDC: uma consolidação do poder para Félix Tshisekedi

Título: A nova Assembleia Nacional da RDC: rumo à consolidação do poder para Félix Tshisekedi

Introdução :
Após as eleições gerais que tiveram lugar em Dezembro passado na República Democrática do Congo, está a ser preparada a criação de novos dirigentes das instituições. Enquanto Félix Tshisekedi se prepara para prestar juramento para iniciar o seu segundo mandato como presidente, a publicação dos resultados provisórios das eleições legislativas nacionais anuncia a formação da nova Assembleia Nacional. Neste artigo, exploramos as principais fases desta transição de poder e as implicações políticas para o Presidente Tshisekedi.

O processo de instalação da nova Assembleia Nacional:
De acordo com o artigo 114.º da constituição congolesa, a nova Assembleia Nacional deve reunir-se em sessão extraordinária no prazo de 15 dias após a proclamação dos resultados das eleições legislativas. Os resultados provisórios das eleições legislativas, publicados em 14 de janeiro de 2024, fixam a abertura da primeira sessão extraordinária para 29 de janeiro de 2024. Esta sessão inaugural incluirá várias etapas cruciais, como a instalação do gabinete provisório, a validação de os poderes dos governantes eleitos, a eleição do cargo final e a adoção do regulamento interno.

A pergunta mais antiga:
Surge uma questão sobre quem presidirá o cargo provisório da Assembleia Nacional. De acordo com a constituição congolesa, o membro mais velho é chamado a liderar o cargo provisório, coadjuvado por dois deputados mais jovens. Actualmente, a reeleição de Christophe Mboso N’kodia Pwanga, de 82 anos, levanta questões sobre a sua capacidade para assumir esta função. Já tinha sido presidente do gabinete provisório durante a destituição de Jeanine Mabunda da Frente Comum para o Congo.

Apoio parlamentar ao Presidente Tshisekedi:
Esta quarta legislatura da terceira república oferece novas perspectivas a Félix Tshisekedi, que foi reeleito com uma ampla maioria de 73,47%. Os resultados provisórios das eleições legislativas nacionais foram favoráveis ​​à Sagrada União da Nação, a sua família política, o que lhe deverá garantir um sólido apoio parlamentar face ao seu primeiro mandato, onde teve de enfrentar a Frente Comum para o Congo de Joseph Kabila. Esta consolidação do poder parlamentar poderá permitir ao Presidente Tshisekedi implementar de forma mais eficaz o seu programa político e levar a cabo as suas reformas.

Conclusão:
A instalação da nova Assembleia Nacional marca um passo importante na transição política na República Democrática do Congo. Enquanto Félix Tshisekedi se prepara para iniciar o seu segundo mandato como presidente, a composição da Assembleia Nacional e o apoio parlamentar de que goza desempenharão um papel fundamental na sua capacidade de alcançar os seus objectivos políticos.. A consolidação do poder parlamentar oferece novas oportunidades para implementar reformas e promover a estabilidade política no país. Resta agora observar como se dará a formação do cargo final e as primeiras ações desta nova legislatura.

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