O artigo da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) sobre a publicação dos resultados provisórios das eleições legislativas na República Democrática do Congo provoca fortes reacções. Entre os grupos políticos que se destacam, a União para a Nação Congolesa (UNC) de Vital Kamerhe posiciona-se como favorita, com um total de 36 assentos obtidos na Assembleia Nacional.
A UNC, considerada a fiel aliada do Presidente Félix-Antoine Tshisekedi, confirma assim o seu estatuto de grande força política no país. O agrupamento político “Acção dos Aliados e União para a Nação Congolesa” (A/A-UNC), liderado por Vital Kamerhe, representa 7,2% dos assentos na Assembleia Nacional, o que o coloca na segunda posição depois da União para a Democracia e Progresso Social (UDPS), que conquistou 69 cadeiras.
Esta vitória eleitoral confere a Vital Kamerhe e ao seu grupo político um papel central na formação do próximo governo e na implementação da agenda política do Presidente Tshisekedi. Membro da Sagrada União da Nação (USN) e segunda força política no Parlamento, a UNC está posicionada para desempenhar um papel fundamental nas decisões políticas e nas reformas do próximo mandato de cinco anos.
Além dos 36 deputados nacionais eleitos sob a designação A/A-UNC, Vital Kamerhe tem ainda outros 3 deputados nacionais eleitos na lista eleitoral da Alternativa Vital Kamerhe 2018 (A/VK 2018), elevando assim o número total dos seus representantes para 39 na Assembleia Nacional para a próxima legislatura.
Outros grupos políticos que conquistaram um número significativo de assentos na Assembleia Nacional incluem a Aliança das Forças Democráticas do Congo e Aliados (AFDC/A) de Modeste Bahati, com 35 assentos, e Agissons et Batons (AB) do Primeiro Ministro Jean-Michel Sama Lukonde, com 26 lugares.
Note-se que estes resultados provisórios ainda não foram confirmados pelo Tribunal Constitucional. No entanto, fornecem informações sobre o equilíbrio das forças políticas e das alianças emergentes no país. O papel de Vital Kamerhe e da UNC na próxima legislatura promete, portanto, ser crucial para o futuro político da República Democrática do Congo.