A notícia de hoje aborda a decisão da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) da República Democrática do Congo de cancelar as eleições legislativas nacionais e provinciais em determinadas regiões, bem como a invalidação dos votos de 82 candidatos em todo o país. O presidente da CENI, Dénis Kadima Kazadi, expressou a sua gratidão aos congoleses que contribuíram para a denúncia de irregularidades durante estas eleições.
No seu discurso, Dénis Kadima Kazadi sublinhou que a acção da CENI não visa a realização de uma caça às bruxas, mas faz parte da sua estratégia que visa o cumprimento dos padrões eleitorais internacionais. Anunciou também que seriam tomadas sanções exemplares contra funcionários da CENI envolvidos em casos de fraude.
A comissão de inquérito criada pela CENI revelou que 82 candidatos estão envolvidos em actos fraudulentos como corrupção, posse ilegal de material eleitoral e intimidação de agentes eleitorais. Estes candidatos foram invalidados antes da publicação dos resultados provisórios. Apesar destas irregularidades, os principais candidatos da oposição não recorreram para o Tribunal Constitucional, que consideram tendencioso.
Os candidatos invalidados também foram rejeitados pelo Conselho de Estado, que esclareceu que os procedimentos sumários não são aplicáveis em matéria eleitoral. Os candidatos ponderam agora recorrer ao Tribunal Constitucional para contestar esta decisão.
Esta decisão da CENI sublinha a importância de garantir a transparência e a integridade das eleições e demonstra o compromisso do governo congolês na luta contra a fraude eleitoral. No entanto, é essencial prosseguir estes esforços para restaurar a confiança do povo congolês no processo eleitoral e garantir eleições livres e justas.
Em conclusão, o cancelamento das eleições e a invalidação dos votos de numerosos candidatos são medidas tomadas pela CENI para garantir a transparência e integridade do processo eleitoral na República Democrática do Congo. É agora essencial tomar medidas adicionais para reforçar a confiança do povo congolês nas próximas eleições e garantir uma representação política justa e equitativa.