“A União Europeia apela à transparência no processo eleitoral na RDC e saúda a reeleição de Félix Tshisekedi”

A União Europeia acompanha de perto os últimos desenvolvimentos políticos na República Democrática do Congo. Após o anúncio dos resultados finais das eleições presidenciais de 20 de dezembro de 2023 pelo Tribunal Constitucional, confirmando a reeleição de Félix Tshisekedi, a UE reagiu numa declaração dirigida ao POLITICO.CD.

Nesta declaração, a União Europeia manifesta a sua satisfação pela calma que prevaleceu durante o processo eleitoral e endereça as suas felicitações ao Presidente Félix Tshisekedi pelo seu segundo mandato. No entanto, também levanta algumas preocupações relativamente à transparência do processo e às irregularidades constatadas.

A UE saúda a publicação dos resultados por assembleia de voto, uma iniciativa louvável para garantir a transparência. No entanto, ela lamenta a falta de comunicação da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) sobre certos aspectos-chave do processo, o que criou alguma confusão. Por conseguinte, incentiva as autoridades congolesas a prosseguirem as próximas fases do processo eleitoral de forma transparente e em conformidade com a legislação em vigor.

Além disso, a União Europeia apela a uma investigação justa e transparente sobre as alegações de fraude e violência feitas durante as eleições. Destaca também o seu compromisso através da sua missão de peritos eleitorais, que fornecerão recomendações práticas para melhorar as instituições e procedimentos eleitorais, a fim de reforçar a confiança de todas as partes interessadas.

A UE deseja continuar empenhada ao lado da República Democrática do Congo e reforçar os laços entre as populações das duas regiões. Salienta a importância da participação activa de todos os intervenientes políticos, económicos e sociais congoleses no desenvolvimento e na pacificação do país, respeitando as liberdades e os direitos fundamentais, evitando ao mesmo tempo qualquer polarização e violência.

Enquanto Félix Tshisekedi se prepara para prestar juramento perante o Tribunal Superior, a UE continua a acompanhar de perto a evolução política na República Democrática do Congo. Ela espera que este segundo mandato traga estabilidade e progresso ao país, mantendo-se vigilante quanto ao respeito pelos princípios democráticos e à transparência do processo eleitoral.

Em conclusão, a União Europeia posiciona-se como um observador atento e activo nos assuntos congoleses, prestando o seu apoio e recomendações para garantir processos eleitorais justos e transparentes, bem como o respeito pelos direitos e liberdades de todos os cidadãos congoleses.

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