Invalidação de candidaturas para eleições legislativas na RDC: Fortes reações e apelo à demissão dos fraudadores

Notícias na RDC: a invalidação de candidaturas nas eleições legislativas provoca reações

Em 5 de janeiro de 2024, a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) da República Democrática do Congo anunciou a invalidação de 82 candidaturas nas eleições legislativas nacionais. As razões apresentadas são fraude, corrupção, posse ilegal de dispositivos electrónicos de votação (EVD), vandalismo de materiais eleitorais e intimidação de agentes eleitorais. Esta decisão provocou fortes reações entre as mulheres políticas do país.

Faida Chantal, candidata à cidade de Goma, tomou nota da decisão do CENI e sublinha a importância do papel da polícia na aplicação da lei durante acontecimentos graves. Ela também questiona como esses candidatos conseguiram obter as máquinas eleitorais normalmente pertencentes à CENI.

Ritha Tshitoko, presidente do Fórum das Mulheres para a Boa Governação e Desenvolvimento, saúda esta decisão da CENI mas pede que seja aplicada de forma geral e não selectiva. Também propõe deduzir os votos de preenchimento/trapaça de candidatos invalidados dos votos presidenciais para garantir mais transparência e justiça.

Chantal Kidiata, coordenadora nacional da Sinergia de Mulheres Dinâmicas para o Desenvolvimento Integral, vai mais longe ao apelar à demissão imediata de todos os candidatos envolvidos em fraude eleitoral. Segundo ela, essa renúncia seria necessária para preservar a integridade, a ética e os valores democráticos do país.

É importante ressaltar que entre os 82 candidatos invalidados, 15 são mulheres. Esta decisão da CENI destaca os problemas contínuos de fraude eleitoral na República Democrática do Congo e levanta questões sobre a credibilidade das eleições no país.

Este caso suscita debates e reflexões sobre a importância de garantir eleições livres, transparentes e justas. A sociedade civil, os actores políticos e os cidadãos são chamados a comprometer-se a preservar a integridade do processo eleitoral e a consolidar a democracia na República Democrática do Congo.

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