Grupo Dangote coopera plenamente com a EFCC na investigação de alegado desvio de divisas

O Grupo Dangote afirma estar pronto para colaborar com a Comissão Económica e Financeira da Nigéria (EFCC) nas suas investigações após a visita da comissão à sede da empresa em 4 de janeiro.

O grupo anunciou a sua cooperação com a comissão, que investiga o possível desvio de moedas estrangeiras do banco central.

Segundo comunicado do conglomerado industrial, ele recebeu carta da agência anticorrupção no dia 6 de dezembro.

A carta, que teria sido enviada também a outros conglomerados, alegadamente procurava detalhes de todas as alocações cambiais feitas pelo Banco Central da Nigéria desde 2014 até à data.

A empresa afirma ter enviado “um primeiro lote de documentos” à agência, mas os agentes insistiram em ir à sede do grupo.

Dangote esclarece que nesta fase não foram feitas acusações de peculato contra nenhuma das empresas do grupo.

O antigo governador do Banco Central da Nigéria, Godwin Emefiele, nomeado em 2014, foi demitido em Junho passado e preso.

O Grupo Dangote, liderado por Aliko Dangote, é um dos principais players da indústria transformadora na Nigéria, com operações nos setores do cimento, açúcar, farinha e petróleo, entre outros.

Embora a situação possa parecer preocupante, é encorajador ver que o grupo Dangote está disposto a cooperar plenamente com as autoridades nesta investigação. Esta transparência demonstra o seu compromisso com a integridade e a boa governação nas suas atividades.

É importante ressaltar que, até o momento, nenhuma acusação oficial foi feita contra o grupo Dangote. Na pendência dos resultados da investigação, a presunção de inocência deverá ser preservada e a EFCC deverá conduzir as suas investigações de forma exaustiva e imparcial.

Este caso também destaca a importância do combate à corrupção no sector financeiro. A apropriação indébita de divisas não afecta apenas a economia da Nigéria, mas também a confiança dos investidores e o clima empresarial. É crucial que as autoridades continuem a tomar medidas para prevenir e punir estes delitos.

Em conclusão, a vontade demonstrada pelo Grupo Dangote em colaborar com a EFCC é um passo na direcção certa para esclarecer as alegações e garantir a transparência nas suas operações. Resta esperar que esta investigação esclareça a situação e fortaleça a confiança dos investidores na economia nigeriana.

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