Atiku Abubakar, antigo vice-presidente da Nigéria e candidato do PDP nas eleições presidenciais de 2023, anunciou recentemente a sua intenção de concorrer novamente em 2027. Esta declaração provocou muitas reações dentro da classe política nigeriana.
Atiku já havia manifestado a intenção de continuar engajado na política mesmo depois de perder as eleições de 2023. Ele disse: “Quanto a mim e ao meu partido, esta fase do nosso trabalho acabou. Respiro, continuarei a lutar com outros nigerianos para aprofundar a nossa democracia e o Estado de direito, e pelo tipo de reestruturação política e económica que o país precisa para atingir o seu verdadeiro potencial.”
O seu porta-voz, Daniel Bwala, confirmou recentemente que o seu director estava pronto para concorrer à presidência em 2027. Ele descreveu o antigo vice-presidente como o presidente que a Nigéria nunca teve, elogiando as suas capacidades, a sua sabedoria e conhecimento.
No entanto, o partido governista APC descreveu a ambição presidencial de Atiku para 2027 como a notícia mais ridícula de 2024. O diretor de comunicações da APC, Bala Ibrahim, disse que o anúncio mostrou que o ex-vice-presidente estava cercado por pessoas que não lhe contariam a verdade. Ele aconselhou Atiku a abandonar a política porque nunca foi uma força a ser reconhecida e não o será em 2027.
Esta declaração de Atiku e as reacções a ela destacam as divisões políticas que persistem na Nigéria e o apetite pelo poder dos principais actores políticos. Enquanto alguns argumentam que Atiku tem a experiência e as competências necessárias para liderar o país, outros acreditam que a sua influência política diminuiu e ele já não representa uma ameaça para o partido no poder.
Independentemente disso, a decisão de Atiku de concorrer novamente em 2027 certamente terá impacto no cenário político nigeriano e desencadeará debates acalorados. Os próximos anos serão cruciais para ver se Atiku consegue reunir apoio suficiente para a sua candidatura e se o país estará pronto para lhe dar outra oportunidade de liderar. O futuro político da Nigéria permanece incerto, mas uma coisa é certa: a competição pelo poder apenas começou.