Moise Katumbi falou pela primeira vez desde as eleições presidenciais na República Democrática do Congo (RDC). Numa mensagem forte, denunciou a alegada fraude organizada pelo campo do poder a favor do Presidente eleito Félix Tshisekedi, pondo em causa a legitimidade destas eleições. As suas declarações surgem num contexto em que inúmeras irregularidades têm sido constatadas por missões de observação eleitoral nacionais e estrangeiras.
Na sua mensagem, Moise Katumbi manifesta a sua indignação com as mensagens de felicitações enviadas a Félix Tshisekedi por países africanos e parceiros internacionais. Sublinha o caráter duvidoso dos resultados provisórios proclamados pela CENI, nomeadamente devido à utilização de máquinas de votação nas mãos dos candidatos do governo e ao prolongamento do período eleitoral.
Através das suas declarações, Moise Katumbi apela à acção cidadã para pôr fim à ilegitimidade e evitar a instalação de uma ditadura à frente do Estado. Encoraja os congoleses a não desistirem, a não cederem ao desânimo e a continuarem a lutar de forma pacífica e democrática por uma mudança real.
As declarações de Moise Katumbi reflectem uma profunda decepção e um questionamento do processo eleitoral na RDC. Destacam também as divisões e tensões que persistem no país, bem como as principais questões ligadas à democracia e à governação.
Contudo, é importante notar que as acções concretas a serem tomadas pelas forças sociais e políticas de mudança ainda não foram especificadas. Resta saber como a situação evoluirá e quais serão as respostas dos vários intervenientes.
Na pendência de novos desenvolvimentos, é crucial observar de perto a evolução da situação na RDC e continuar a promover a transparência, a justiça e a integridade nos processos eleitorais. Os riscos para a democracia congolesa são consideráveis e requerem atenção sustentada da comunidade internacional.