O título do artigo poderia ser: “Revelação fascinante: Tijolos da Mesopotâmia revelam um poderoso aumento no campo magnético da Terra”

Título: Descoberta fascinante: tijolos da Mesopotâmia revelam aumento significativo no campo magnético da Terra

Introdução :
Há milhares de anos, o campo magnético da Terra experimentou um aumento significativo de força numa parte do mundo que incluía o antigo reino da Mesopotâmia. Esta oscilação, que na altura passou despercebida, foi recentemente evidenciada pelos investigadores graças à análise de tijolos cozidos datados do 3º ao 1º milénio a.C.. Estes tijolos, encontrados onde hoje é o Iraque, bem como em partes da Síria, do Irão e da Turquia, revelaram assinaturas magnéticas consistentes com um período em que o campo magnético da Terra era excepcionalmente forte. Esta fascinante descoberta reflete a importância de preservar a antiga herança da Mesopotâmia para a ciência e a humanidade em geral.

Anomalia geomagnética da Idade do Ferro Levantina:
A descoberta das assinaturas magnéticas nos tijolos da Mesopotâmia também se alinhou com um período conhecido como “anomalia geomagnética da Idade do Ferro Levantina”. Este aumento magnético, que ocorreu entre 1050 e 550 aC, já havia sido documentado em artefatos dos Açores, Bulgária e China através de análises arqueomagnéticas. Essas análises envolvem o exame de grãos de cerâmica e objetos cerâmicos arqueológicos para obter pistas sobre a atividade magnética da Terra. Desta vez, foram os tijolos da Mesopotâmia que ajudaram a confirmar e enriquecer o nosso conhecimento deste período de forte atividade magnética.

Arqueomagnetismo e datação:
A análise arqueomagnética é uma técnica valiosa para datar artefatos inorgânicos, como cerâmica e objetos cerâmicos. Embora a datação por radiocarbono seja usada para artefatos contendo material orgânico, a análise arqueomagnética é necessária para revelar a idade dos objetos inorgânicos. Esta técnica é particularmente útil porque a cerâmica é o artefato mais comum em sítios arqueológicos de todo o mundo. Permite completar a datação por radiocarbono e determinar com maior precisão a idade dos sítios mesopotâmicos, região de capital importância na arqueologia mundial.

Compreendendo o campo magnético da Terra:
O campo magnético da Terra é gerado pelo movimento giratório de metais fundidos no núcleo da Terra e cria uma bolha invisível de magnetismo chamada magnetosfera. Esta magnetosfera protege nossa atmosfera dos ventos solares que emanam do sol. Embora o campo magnético tenha sido uma presença constante durante milhares de milhões de anos, a sua intensidade varia ao longo do tempo. O estudo dos tijolos cozidos em alta temperatura permite encontrar uma “marca” do campo magnético da época em minerais como o óxido de ferro. Esta análise combina vários experimentos magnéticos que aquecem e resfriam o objeto, submetem-no a campos magnéticos e depois os removem. Essas diferentes impressões são comparadas com a intensidade magnética original do objeto, o que permite datá-lo.

Conclusão:
A descoberta de assinaturas magnéticas em tijolos da Mesopotâmia permite-nos compreender melhor as flutuações do campo magnético da Terra ao longo do tempo. O arqueomagnetismo é, portanto, um método essencial para determinar a idade de objetos inorgânicos e contribui enormemente para a nossa compreensão do campo magnético da Terra. Os resultados desta investigação demonstram também a importância da preservação do património antigo da Mesopotâmia, não só para a ciência, mas também para a humanidade como um todo. A transmissão de conhecimentos e descobertas feitas graças a estes artefactos antigos é um meio essencial para preservar a nossa história e compreender melhor a evolução do nosso planeta.

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