Aumento do preço da electricidade na Costa do Marfim: um novo fardo para as famílias marfinenses
O sector energético na Costa do Marfim está actualmente abalado por um anúncio do governo que não obteve aprovação unânime. Na verdade, o Ministro da Energia anunciou recentemente um aumento no preço da electricidade em 1 de Janeiro de 2024, irritando assim os agregados familiares.
Segundo o ministro, este aumento, que será da ordem dos 10%, visa evitar que o sector eléctrico continue a acumular défices e alcançar o equilíbrio financeiro. No entanto, este novo aumento surge num contexto de aumento geral dos preços, o que apenas aumenta a pressão sobre as famílias da Costa do Marfim.
Os chefes de família expressam a sua frustração com este novo encargo financeiro. Salientam que este aumento se soma a outros aumentos de preços, nomeadamente os dos combustíveis e dos produtos alimentares, tornando a sua situação económica cada vez mais difícil. Alguns até se sentem sobrecarregados por estes aumentos sucessivos, que os impedem de resistir e sobreviver.
O governo justifica esse aumento citando um “reajuste tarifário”. Na verdade, a electricidade tem sido subsidiada há vários anos na Costa do Marfim, o que não agradou ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Este último condicionou certos empréstimos à cessação destes subsídios. Assim, o governo encontra-se preso entre dois fogos: por um lado, deve responder às exigências do FMI, por outro, deve enfrentar o descontentamento dos consumidores.
No entanto, os consumidores costa-marfinenses questionam a fiabilidade das suas facturas correntes. Eles questionam o cálculo dos valores a serem pagos e suspeitam que as contas de outros consumidores também estejam incluídas em seus encargos. Esta opacidade nos preços causa verdadeira frustração entre os residentes.
Além das famílias, as empresas também são impactadas por este aumento nos preços da eletricidade. Os custos adicionais pesam na sua rentabilidade e alguns até temem pela sobrevivência dos seus negócios.
Este aumento do preço da electricidade ocorre numa altura em que os marfinenses já estão sob crescente pressão económica. Apesar das garantias do governo de que o preço do quilowatt-hora continua inferior ao praticado na sub-região, os consumidores estão preocupados com o impacto deste aumento no seu orçamento e no seu poder de compra.
Perante esta situação, alguns apelam a uma maior transparência no cálculo das faturas, bem como a medidas de apoio para mitigar o impacto financeiro deste aumento nas famílias mais vulneráveis. O tempo dirá se o governo terá em conta estas preocupações e encontrará soluções para aliviar a pressão económica que pesa sobre os marfinenses.