A situação política na República Democrática do Congo continua a dar origem a tensões e protestos. Mais recentemente, uma manifestação da oposição que aconteceria em 12 de agosto de 2021 em Kinshasa foi proibida pelas autoridades. Esta marcha, organizada para denunciar as “eleições caóticas” e exigir o cancelamento das eleições de 20 de dezembro por “fraude massiva”, esteve na origem de um reforço do sistema de segurança em torno do Palácio do Povo.
A polícia nacional congolesa destacou um grande contingente de policiais perto da sede do Ecidé, partido de Martin Fayulu, ponto de partida da manifestação. Veículos blindados e bloqueios policiais também foram instalados nas principais artérias da cidade para evitar aglomerações.
Entre os signatários da convocatória para a marcha estavam Martin Fayulu, Théodore Ngoyi, Denis Mukwege e Floribert Anzuluni, todos candidatos às eleições presidenciais. A oposição considera que os resultados parciais publicados até agora dão a Félix Tshisekedi o vencedor claro, à frente de Moïse Katumbi e Martin Fayulu.
Esta proibição da manifestação gerou intensa controvérsia política na RDC, alimentando críticas ao processo eleitoral e disputas sobre os resultados. A sociedade civil e os candidatos presidenciais continuam a mobilizar-se pacificamente para cancelar a votação.
Esta notícia na República Democrática do Congo mostra as tensões persistentes no país e as diferentes vozes que se levantam para denunciar irregularidades e exigir um processo eleitoral transparente. A situação política permanece, portanto, frágil e a resolução das tensões continua a ser um grande desafio para garantir a estabilidade do país.