A Costa do Marfim, um país com uma biodiversidade excepcional, tomou medidas importantes para proteger os seus elefantes, emblemas da nação. Na verdade, o governo adoptou recentemente um projecto de lei que visa a criação de santuários de vida selvagem, a fim de preservar estes majestosos paquidermes. No entanto, permanecem questões relativamente à implementação concreta deste projecto.
A desflorestação maciça e a destruição de habitats levaram a um declínio alarmante na população de elefantes da Costa do Marfim. Em apenas 50 anos, o seu número aumentou de 3.000 para cerca de 500 indivíduos. Perante esta situação crítica, o governo da Costa do Marfim decidiu agir estabelecendo santuários dedicados à protecção e preservação destes animais emblemáticos.
De acordo com o Ministério das Águas e Florestas, dois locais poderiam ser escolhidos para abrigar estes santuários de elefantes. Uma estaria localizada na zona de savana, no norte do país, enquanto a outra estaria localizada numa zona florestal, no centro ou leste do território. Esta iniciativa é inspirada na experiência sul-africana, onde santuários semelhantes existem há muitos anos.
No entanto, apesar deste anúncio encorajador, algumas ONG especializadas na protecção de espécies animais permanecem cautelosas. Na verdade, nenhuma informação concreta foi dada sobre as modalidades de criação destes santuários. Não foram comunicados detalhes sobre a localização precisa, a data de abertura, os métodos de funcionamento ou as fontes de financiamento que permitirão o desenvolvimento desta iniciativa.
Além disso, estas ONG denunciam o facto de não terem estado envolvidas na concepção deste projecto de santuário de vida selvagem. Até agora, apenas um parque privado perto de Bouaké oferece a recolha de elefantes para os proteger. É importante notar que estes animais são frequentemente a causa de danos nas colheitas ou nas aldeias. Para resolver este problema, o projeto de lei prevê compensar os residentes vítimas de danos causados por elefantes.
É, portanto, essencial que o governo da Costa do Marfim tenha em conta as preocupações das ONG especializadas na protecção das espécies animais e garanta uma estreita colaboração com elas. A criação de santuários de vida selvagem é um passo essencial para a preservação dos elefantes na Costa do Marfim, mas é também responsabilidade de todas as partes interessadas trabalharem em conjunto para garantir o sucesso desta iniciativa e preservar a riqueza natural do país.