“Congo: Eleições 2023 – Transparência aplaudida, mas as disputas permanecem”

As eleições realizadas em 20 de dezembro de 2023 na República Democrática do Congo suscitaram numerosos comentários e perguntas. Os resultados, divulgados por assembleia de voto pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), foram amplamente discutidos na imprensa e geraram diversas reações.

Segundo o jornal Le Potentiel, a realização das eleições dentro dos prazos constitucionais foi um grande desafio para a CENI, dados os desafios logísticos ligados à dimensão do país e ao estado das infra-estruturas rodoviárias. No entanto, evitar um possível adiamento ajudou a evitar a incerteza política e as manobras políticas.

No entanto, apesar do bom desenrolar das eleições, alguns intervenientes políticos ainda não aceitaram a sua derrota. Fontes bem informadas relataram tentativas flagrantes de incitar à violência por parte de certos opositores e dos chamados “resistentes”. O jornal sublinha ainda que a transparência da CENI na publicação dos resultados parciais em directo na televisão nacional mostra a vontade do povo congolês, que deve ser respeitada até à publicação integral dos resultados provisórios.

Num outro artigo, La Prospérité sublinha a coragem e a tenacidade da CENI na organização das eleições, apesar das pressões e ameaças políticas. O jornal acredita que a publicação de resultados parciais assembleia de voto por assembleia de voto confunde a oposição congolesa, que parece surpreendida e cujo discurso mudou radicalmente.

Analisando os resultados provisórios compilados após três dias de publicação, Félix Tshisekedi parece estar na liderança com uma elevada percentagem de votos. O seu discurso centrado na segurança aparentemente atraiu muitos eleitores, especialmente os do leste do país. No entanto, é importante notar que estes resultados permanecem provisórios e que é essencial respeitar o processo democrático e o uso da justiça para resolver qualquer disputa eleitoral.

Concluindo, as eleições na República Democrática do Congo geraram reações diversas, com elogios à transparência da CENI e reservas de alguns partidos. É essencial respeitar o processo democrático e favorecer o recurso à justiça para resolver qualquer disputa eleitoral. O país encontra-se num momento chave da sua história política e é essencial que todos os intervenientes respeitem a vontade do povo congolês expressa através das urnas.

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