O artigo pode começar da seguinte forma:
“Os recentes acontecimentos no Hospital Kamal Adwan, na Faixa de Gaza, suscitaram intensa controvérsia e levantaram muitas questões sobre os métodos utilizados pelos militares israelitas. Testemunhos de pessoal médico, bem como de pacientes, indicam actos de profanação de corpos, maus-tratos a pessoas com deficiência e disparos contra médicos, mesmo depois de terem sido previamente verificados quanto a qualquer filiação terrorista. Essas alegações, acompanhadas de evidências em vídeo, pintam um quadro perturbador da operação realizada pelas ‘IDF no hospital Kamal Adwan.
Segundo as IDF, esta operação foi justificada porque o hospital foi alegadamente utilizado como centro de comando pelo Hamas, que esconde a sua infra-estrutura terrorista dentro das instituições civis de Gaza. No entanto, estes métodos foram fortemente condenados pelas organizações humanitárias, que acreditam que estas acções prejudicam a capacidade dos hospitais de Gaza de fornecer serviços médicos básicos.
Uma das acusações mais graves diz respeito à utilização de escavadoras por soldados israelitas para exumar corpos recentemente enterrados em covas improvisadas no pátio do hospital. Imagens chocantes mostram restos humanos em decomposição espalhados pelo local. O chefe dos serviços pediátricos do hospital, Hossam Abu Safiya, diz que nunca viu nada assim antes. Outras equipes médicas confirmam essas alegações e descrevem tentativas desesperadas de tratar pacientes presos dentro do hospital durante a operação.
As IDF não responderam diretamente a estas acusações, apenas reconhecendo que tinha ocorrido uma operação no hospital e que tinha levado à prisão de suspeitos de terrorismo. No entanto, imagens de satélite do local, tiradas antes da retirada das FDI, mostram os danos causados pela operação.
Esta série de eventos levanta questões sobre os métodos das IDF e o uso de locais médicos como alvos militares. Embora os militares israelitas afirmem estar a combater o Hamas e a eliminar a infra-estrutura terrorista de Gaza, as consequências destas operações são devastadoras para os civis que dependem destes hospitais para cuidados médicos.
Esta situação realça a necessidade de examinar exaustivamente as operações militares em áreas civis e encontrar formas de preservar a integridade das instituições médicas em tempos de conflito. A protecção dos civis e o respeito pelo direito internacional devem continuar a ser uma prioridade máxima, a fim de evitar novas violações dos direitos humanos e preservar a dignidade das pessoas afectadas por estes conflitos.”