“Candidatos presidenciais na RDC denunciam irregularidades e fraudes: democracia em perigo”

Os candidatos presidenciais na República Democrática do Congo (RDC) expressaram recentemente a sua insatisfação com o que descrevem como irregularidades e fraudes generalizadas durante a votação de Dezembro. Entre estes candidatos estão personalidades como Moïse Katumbi, Matata Ponyo, Delly Sesanga, Seth Kikuni e Franck Diongo.

Num comunicado conjunto, apontam diversas disfunções que poderão ter impedido alguns eleitores de votar, como a falta de máquinas de votação e listas eleitorais incompletas. Além disso, denunciam atos de violência perpetrados contra apoiantes de Moïse Katumbi, evidenciando assim um grave ataque à liberdade de expressão e ao funcionamento democrático.

Afirmam que o desenrolar da votação foi marcado por numerosas irregularidades e fraudes generalizadas, organizadas segundo eles pelo poder cessante e pela Comissão Eleitoral (CENI). Destacam particularmente a presença de assembleias de voto fictícias, a manipulação de materiais eleitorais por membros pró-governo e a expulsão dos seus observadores durante as operações de contagem.

Além disso, os signatários da declaração consideram que a CENI violou a lei ao prolongar as operações eleitorais por vários dias, enquanto a legislação prevê que devem ocorrer num único dia. Denunciam, portanto, uma violação da Constituição e das leis da República.

Apesar destas irregularidades, os candidatos afirmam que os primeiros resultados recolhidos no terreno e as suas observações pessoais indicam claramente a vitória de Moïse Katumbi. Apelam ao povo congolês a permanecer vigilante face aos resultados oficiais que serão publicados e a mobilizar-se para defender a escolha expressa a favor do seu candidato.

Esta declaração conjunta alimenta o clima de incerteza em torno das eleições na RDC. A oposição há muito denuncia a parcialidade da CENI e o receio de um desafio à regularidade da votação está cada vez mais presente.

É essencial que as autoridades relevantes levem estas alegações a sério e investiguem exaustivamente as irregularidades denunciadas. A transparência e a integridade do processo eleitoral são essenciais para preservar a democracia e garantir a legitimidade dos resultados.

Os cidadãos congoleses merecem um voto livre e justo, onde a sua voz realmente conta. É, portanto, crucial que todas as partes interessadas se comprometam a garantir a transparência do processo eleitoral e a respeitar a vontade do povo congolês.

A situação política na RDC continua tensa e é essencial aliviar as tensões, incentivar o diálogo e promover a governação democrática e inclusiva. As eleições são um momento chave na construção de um futuro melhor para o país e é essencial que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas.

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