O funeral do líder do movimento político-místico do Bundu dia Kongo (BDK), Ne Muanda Nsemi, falecido no dia 18 de outubro em Kinshasa, decorre desde sexta-feira na capital congolesa. Este evento solene durará até 31 de dezembro e depois continuará na província do Congo Central.
A filha biológica do falecido, Nzuzi Nsemi, anunciou que o enterro terá lugar no dia 31 de Dezembro em Sukumalongo, aldeia natal de Muanda Nsemi, no território Luozi. O funeral realizar-se-á em duas etapas, primeiro em Kinshasa e depois no Kongo Central.
Inicialmente previsto para 13 a 21 de dezembro, o programa fúnebre foi adiado de 22 para 31 de dezembro devido à realização de eleições. Esta decisão visa permitir que mais pessoas participem e prestem homenagem aos falecidos.
A morte de Ne Muanda Nsemi, aos 77 anos, causou ondas de choque entre os seus apoiantes e dentro do movimento Bundu dia Kongo. Este último, fundado na década de 1980, defende a promoção da cultura Kongo e a criação de um estado independente para o povo Kongo.
O desaparecimento de Ne Muanda Nsemi deixa um vazio significativo no cenário político congolês. Considerado um líder carismático e controverso, marcou a história da RDC com as suas posições radicais e o seu compromisso com os direitos e o reconhecimento do povo Congo.
Estes funerais assumem assim uma importância simbólica e política, permitindo reunir apoiantes do movimento Bundu dia Kongo e prestar uma última homenagem ao homem que durante muitos anos foi o seu líder.
Para além da homenagem prestada a Ne Muanda Nsemi, este funeral é também uma oportunidade para refletir sobre o futuro do movimento e a prossecução das suas reivindicações num contexto político complexo.
As autoridades congolesas, por seu lado, implementaram medidas de segurança significativas para supervisionar os funerais e evitar qualquer superlotação. É dada especial atenção à manutenção da ordem pública, permitindo ao mesmo tempo que os apoiantes do Bundu dia Kongo rezem em completa paz.
Em suma, o funeral de Ne Muanda Nsemi é um momento forte nas notícias congolesas, testemunhando a importância histórica e política do movimento Bundu dia Kongo. Este evento unificador permitir-nos-á prestar uma última homenagem aos falecidos e considerar o futuro do movimento num contexto político em constante evolução.