No dia 1 de Dezembro, os ministros dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso, do Mali e do Níger reuniram-se em Bamako para discutir a criação de uma confederação com o objectivo final de alcançar uma integração regional mais profunda. O objectivo desta reunião, organizada no âmbito da Aliança dos Estados do Sahel, foi estabelecer os contornos desta nova aliança com ênfase na diplomacia, defesa e desenvolvimento, a fim de consolidar a integração política e económica.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros sublinharam a importância desta iniciativa e recomendaram a criação de um fundo de estabilidade, de um banco de investimento e de uma comissão para estudar a União Económica e Monetária. Estas recomendações serão apresentadas aos chefes de estado de cada país, que se reunirão em breve em Bamako para discuti-las.
Curiosamente, esta iniciativa surge na sequência da assinatura, em Setembro passado, de um pacto de defesa mútua entre os líderes militares do Mali, do Burkina Faso e do Níger. Este acordo, denominado Carta Liptako-Gourma, lançou as bases da Aliança dos Estados do Sahel (AES).
Esta abordagem rumo a uma confederação e a uma maior integração entre estes três países do Sahel constitui um passo importante na história da região. Visa reforçar a cooperação em áreas-chave como a segurança, a economia e o desenvolvimento, com o objetivo de enfrentar os desafios comuns que enfrentam.
A criação desta confederação também oferece oportunidades para fortalecer as relações comerciais e de investimento entre os países membros, o que pode ter um impacto positivo no crescimento económico da região. Ao unir forças, estes três países serão capazes de enfrentar melhor os desafios de segurança e as crises humanitárias que enfrentam, reforçando ao mesmo tempo a sua influência na cena internacional.
Resta agora aos chefes de estado de cada país examinar estas recomendações e tomar as decisões necessárias para fazer avançar este projecto de integração regional. A criação de uma confederação constituiria um grande passo em frente para o Sahel que, ao unir forças, poderia enfrentar os desafios actuais e futuros de uma forma mais eficaz e sustentável.