Dez dias após o início da campanha eleitoral na RDC, cresce a preocupação entre a população de Lubero, na província do Kivu do Norte, com a ausência de candidatos presidenciais nesta região. Esta situação levanta questões sobre o conhecimento dos eleitores sobre os programas e projetos sociais dos candidatos.
A ONG local Conferência dos Presidentes da Democracia, do Ambiente e dos Direitos Humanos manifesta a sua preocupação com esta ausência de candidatos presidenciais nas zonas rurais. Joseph Malikidogo, secretário executivo da ONG, sublinha a importância de os candidatos se deslocarem a estas regiões para ouvirem as preocupações da população e compreenderem a realidade que atravessam. Alerta para o risco de os problemas dos camponeses não serem levados em consideração se os candidatos presidenciais da República não se deslocarem para estas áreas.
Esta preocupação também é partilhada pelos candidatos legislativos em Lubero. Lwamba Jonathan lamenta o facto de nenhum candidato a Presidente da República ter visitado esta comuna rural até agora. Essa ausência é vista como motivo de preocupação para a população.
Se os candidatos às eleições legislativas realizam a sua campanha no Lubero, falta a presença física dos candidatos presidenciais da República. As ruas e esquinas das comunidades rurais estão decoradas com cartazes e efígies de candidatos legislativos, mas a população está preocupada em não ver ali os presidenciáveis.
O território Lubero é o mais populoso da RDC e a sua importância como reduto eleitoral não pode ser ignorada. É portanto fundamental que os candidatos presidenciais da República prestem especial atenção a esta região e aí façam campanha para apresentar os seus programas e projectos sociais.
Resta esperar que os candidatos presidenciais da República tomem consciência das preocupações da população do Lubero e que se desloquem às zonas rurais para ouvir e compreender as necessidades da população. A realização de eleições transparentes e representativas depende do envolvimento e da presença de candidatos em todo o território, incluindo nas zonas rurais. A voz dos agricultores não deve ser ignorada e a sua participação activa no processo eleitoral é essencial para moldar o futuro da nação.