“Revelações chocantes: Apropriação indébita de fundos no Instituto Superior de Comércio de Kinshasa, procedimentos legais recomendados pela IGF”

Após uma missão de controlo de gestão realizada no Instituto Superior de Comércio de Kinshasa (ISC), a Inspecção Geral de Finanças (IGF) recomendou acções judiciais contra os Directores-Gerais da instituição. Na verdade, a IGF observou presunções de abuso de poder e de fundos públicos na sequência da incapacidade dos funcionários do ISC de fornecer documentação comprovativa das despesas incorridas.

De acordo com o relatório da IGF, a instituição não conseguiu fornecer a base contabilística das despesas no total de 34.587.785.748 CDF e 12.088.547 USD, nem os documentos comprovativos dessas despesas. Esta falta de transparência pode ser interpretada como uma presunção de apropriação indébita.

A IGF também critica responsáveis ​​do ISC por utilizarem verbas destinadas a outras despesas que não a remuneração do pessoal, sem consultar a delegação sindical. Esta violação das regras de gestão financeira também pode ser considerada apropriação indevida de fundos.

O relatório do IGF também destaca a ausência de documentos comprovativos para certas despesas correntes, bem como a ausência de recibos de quitação para pagamentos de prémios. Estas deficiências reforçam as suspeitas de peculato.

Além destas constatações, a IGF constata que os responsáveis ​​do ISC contraíram empréstimos bancários sem autorização prévia da autoridade de supervisão, violando assim as regras financeiras em vigor. Além disso, as retenções e reembolsos de Imposto sobre o Rendimento Profissional (DPI) não foram efetuados de acordo com as disposições legais.

Perante estas graves constatações, a IGF recomenda não só procedimentos judiciais, mas também o estrito cumprimento das regras de gestão financeira nos estabelecimentos públicos. Está ainda previsto que o relatório seja transmitido às autoridades competentes, nomeadamente ao Ministro do Ensino Superior e Universitário.

Este caso destaca a necessidade de uma gestão transparente e rigorosa dos fundos públicos nas instituições de ensino superior. É crucial que os responsáveis ​​pelos estabelecimentos sejam responsáveis ​​e prestem contas pelas suas ações financeiras. Isto não só ajudará a prevenir a apropriação indevida de fundos, mas também a restaurar a confiança dos cidadãos no sistema educativo e na administração pública como um todo.

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