“Crise no Kivu do Norte: imagens chocantes de violência em Goma e no interior revelam a urgência da intervenção internacional”

Imagens de violência em Goma e no interior do Kivu Norte

O Kivu do Norte, e mais particularmente a capital Goma, bem como o interior, foram recentemente palco de um aumento preocupante de casos de ferimentos a bala. Muitos civis foram afectados durante confrontos entre diferentes grupos armados na região.

Segundo informações divulgadas por Médicos Sem Fronteiras (MSF), pelo menos 70 feridos foram transferidos da cidade de Kanyaruchinya para o centro de Goma durante os meses de outubro e novembro de 2023. Essas vítimas foram afetadas durante tiroteios entre os diferentes grupos armados presentes. na região.

Este recrudescimento da violência não se limita apenas a Goma, estendendo-se também a outras regiões do Kivu Norte. No território de Rutshuru, por exemplo, foram registados 66 casos de ferimentos à bala entre 22 de Outubro e 8 de Novembro em Bambo. Além disso, na região de Masisi, foram registados este ano mais de 400 casos de ferimentos causados ​​por balas e armas brancas, incluindo mais de 100 só no mês de Outubro.

A situação é ainda mais preocupante porque a recente recaptura da região de Masisi pelos rebeldes do M23 aumentou as tensões na região. Apesar dos esforços diplomáticos envidados por vários países, a resolução do conflito continua complexa.

Confrontado com este aumento da violência, o Presidente Félix Tshisekedi presidiu recentemente à cerimónia oficial de assinatura do Acordo sobre o Estatuto da Força da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Esta força deverá ser brevemente destacada para o leste da República Democrática do Congo (RDC), a fim de garantir a segurança da população.

Ao mesmo tempo, o governo congolês insiste na partida, prevista para Dezembro, da força da Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC), presente há vários anos no leste do país. As autoridades esperam assim promover uma melhor coordenação entre as diferentes forças presentes no terreno.

Esta escalada de violência no Kivu do Norte sublinha a urgência de uma intervenção internacional para proteger os civis e restaurar a paz na região. A população local já não pode viver com medo constante de ataques armados e merece beneficiar de um clima de segurança propício ao seu desenvolvimento. É, portanto, essencial que a comunidade internacional actue rapidamente e de forma coordenada para pôr fim a esta violência e permitir que a população do Kivu do Norte encontre a paz.

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