A campanha eleitoral na República Democrática do Congo (RDC) está em pleno andamento há uma semana, atraindo a atenção e o entusiasmo da população e dos observadores políticos. Enquanto ainda se aguarda a nomeação de um candidato comum da oposição, os diferentes candidatos mostram as suas capacidades individuais numa competição feroz para vencer as eleições.
Entre os candidatos que se destacam, Moïse Katumbi, ex-governador, fez uma entrada espetacular na corrida eleitoral. Graças à sua frota de aviões e aos seus meios de comunicação, conseguiu organizar grandiosos eventos de campanha em várias cidades da RDC. Os seus discursos destacam as suas críticas ao Presidente Félix Tshisekedi, acusando-o nomeadamente de procrastinação na gestão da guerra no leste do país. Katumbi também apela a mais transparência e eficiência no cumprimento das promessas do governo.
Martin Fayulu, por sua vez, concentrou os seus esforços de campanha na antiga província de Bandundu, antes de se voltar para a região do Grande Orientale. Ele conseguiu chamar a atenção interagindo diretamente com a população durante suas falas, dando a palavra aos moradores para expressarem suas preocupações e expectativas. A sua abordagem centrada na proximidade parece estar a dar frutos, o que demonstra a sua crescente popularidade.
Denis Mukwege, famoso pelo seu empenho na luta contra a violência sexual na RDC, também lançou a sua campanha com foco no leste do país. O seu discurso destaca a necessidade de pôr fim à guerra, à fome e aos vícios que assolam a sociedade congolesa. A sua experiência e reputação conferem-lhe uma credibilidade inegável nesta campanha eleitoral.
Outros candidatos da oposição, como Delly Sesanga e Floribert Anzuluni, também estão a fazer ouvir as suas vozes, embora os seus programas de campanha ainda não estejam claramente definidos. Procuram apresentar a sua visão política e convencer os eleitores da sua capacidade de liderar o país.
Quanto ao presidente cessante, Félix Tshisekedi, está totalmente empenhado na campanha eleitoral, aumentando as suas viagens pelo país. A sua mensagem destaca o seu desejo de lutar contra os candidatos que descreve como “estrangeiros”, bem como o seu compromisso com a estabilidade económica e a luta contra a inflação. Beneficia também da sua participação em eventos internacionais, como a sua presença na COP 28 no Dubai, para fortalecer a sua imagem e legitimidade.
No geral, a campanha eleitoral na RDC é marcada por uma intensa competição entre os candidatos da oposição e o presidente em exercício. Todos apresentam os seus argumentos e a sua visão para o país, na esperança de ganhar as eleições e liderar a RDC rumo a um futuro melhor. A população congolesa, por seu lado, acompanha atentamente este processo democrático e espera um resultado que satisfaça as suas aspirações e necessidades.