Notícias na RDC: a oposição luta para chegar a acordo sobre uma candidatura comum
A menos de um mês das eleições na República Democrática do Congo (RDC), a oposição enfrenta dificuldades para chegar a um acordo sobre uma candidatura conjunta contra o Presidente cessante, Félix Tshisekedi. Apesar de várias tentativas de conciliação, nenhum consenso foi alcançado até agora.
Entre os principais candidatos da oposição encontramos Moise Katumbi, apresentado como potencial desafiante de Tshisekedi, Martin Fayulu, Delly Sesanga e Denis Mukwege. Contudo, na sequência da falta de acordo em Pretória durante as discussões sobre uma candidatura conjunta, cada candidato continua a sua própria campanha eleitoral.
Segundo Olivier Kamitatu, chefe de gabinete e porta-voz de Moise Katumbi, os contactos prosseguem com vista a uma possível candidatura conjunta. No entanto, o tempo está a esgotar-se, com a campanha eleitoral já a decorrer há uma semana e a terminar no dia 18 de dezembro.
O fracasso das discussões em Pretória revelou as divisões dentro da oposição e sublinhou a necessidade de consenso para apresentar uma frente unida contra Félix Tshisekedi. Os delegados de Martin Fayulu foram excluídos dos trabalhos desde o início, na sequência de tensões e desentendimentos. Alguns também criticaram Fayulu por ter feito comentários insultuosos contra eles.
Apesar destes obstáculos, o desejo de uma manifestação e de uma candidatura comum continua presente no seio da oposição. Prosseguem os contactos entre os diferentes candidatos e os líderes dos partidos políticos para encontrar uma solução.
É essencial que a oposição alcance esta unidade para apresentar uma alternativa credível e maximizar as suas possibilidades de sucesso nas eleições presidenciais. Perante a popularidade de Félix Tshisekedi e a sua capacidade de reunir diferentes grupos linguísticos no país, é crucial que a oposição apresente uma frente unida e coerente.
A corrida à presidência na RDC permanece, portanto, aberta, com uma oposição dividida e uma intensa batalha política pela frente. As próximas semanas serão decisivas para a formação de uma candidatura comum e para o futuro político do país. Os riscos são elevados e só o tempo dirá se a oposição conseguirá superar as suas diferenças e apresentar um candidato sólido para enfrentar Félix Tshisekedi nas eleições.