Título: Tamangoh: O guardião vivo do sapateado e suas origens africanas
Introdução :
O sapateado, arte da dança rítmica, hoje encontra seu impulso no mundo do jazz graças a um homem excepcional: Tamangoh. Este dançarino e coreógrafo de renome internacional assumiu como missão perpetuar o sapateado e afirmar as suas origens africanas através do seu espetáculo Kongo Square. Vamos descobrir juntos como ele transmite essa tradição aos jovens artistas negros e como valoriza a herança cultural africana em seu trabalho.
Sapateado: uma história afro-americana
Para a população negra que vivia nos Estados Unidos durante a escravidão, o sapateado era uma forma de continuar a se expressar. Na verdade, os escravos eram proibidos de tocar tambor, daí o surgimento desta dança rítmica onde os ancestrais africanos eram reproduzidos com os pés. O sapateado tornou-se assim uma forma de resistência e uma afirmação do direito de expressão da comunidade negra.
Praça Tamangoh e Kongo: um património a preservar
Tamangoh foi convidado para Loango para o 10º aniversário do festival Soul Power Kongo, no âmbito do 60º aniversário da colaboração entre o Congo e a União Europeia. Ali liderou um workshop com o objetivo de transmitir aos jovens artistas negros o valor histórico desta dança que os conecta a todos. O festival Soul Power Kongo é organizado na rota dos escravos de Loango, zona marcada por milhões de saídas de cativos. Nesse contexto, Tamangoh se sente inspirado a expressar sua arte e relembrar a história da escravidão.
Tamangoh: guardião do sapateado e herdeiro artístico
A missão da Tamangoh é perpetuar e enriquecer a tradição do sapateado, ao mesmo tempo que traz o seu toque artístico próprio a esta arte dinâmica e intemporal. Ao destacar as origens africanas do sapateado, contribui para o reconhecimento e promoção do património cultural de África. A sua presença em palco é um convite para revisitar a história e celebrar a diversidade artística africana.
Conclusão:
Tamangoh é um verdadeiro embaixador do sapateado e das suas origens africanas. Graças ao seu talento e à sua paixão por esta arte, perpetua uma tradição ao reinterpretá-la, permitindo assim que o sapateado continue a viver e a evoluir no mundo do jazz. A sua presença no festival Soul Power Kongo em Loango é uma homenagem à história dos escravos e à luta pela liberdade.