“Conflito Israel-Hamas: como grupos inter-religiosos fortalecem os laços apesar das diferenças”

As notícias de hoje estão repletas de temas controversos e polêmicos, e o conflito entre Israel e o Hamas não é exceção. À medida que as tensões aumentam e as opiniões se radicalizam, é mais importante do que nunca procurar formas de reunir pessoas de diferentes religiões e promover a compreensão mútua.

Com isto em mente, muitos grupos inter-religiosos nos Estados Unidos intensificaram os esforços para fortalecer os seus laços durante este período tumultuado. Os membros destes grupos, que construíram amizades duradouras ao longo dos anos, comprometeram-se a continuar a aproximar-se, apesar das diferenças de opinião sobre o conflito em curso.

Grupos como a Irmandade de Salaam Shalom, uma organização inter-religiosa fundada por uma mulher muçulmana e uma mulher judia em Nova Jersey, reúnem-se regularmente para aprenderem uns com os outros, trabalharem em projectos voluntários para instituições de caridade muçulmanas e judaicas e planearem viagens por todo o mundo.

Contudo, o conflito recente criou uma tensão invulgar dentro destes grupos. Os membros muitas vezes sentem-se divididos entre as suas crenças pessoais e as suas ligações com os seus amigos inter-religiosos.

Para Lisa Kaplan-Miller, membro da Irmandade de Salaam Shalom, era essencial não deixar que o conflito destruísse a sua dinâmica normalmente animada. Ela disse: “Nós realmente não tínhamos escolha se quiséssemos que nosso grupo continuasse a existir. A conversa – e talvez o confronto – era inevitável.”

É nestes momentos de tensão mais intensa que se manifesta a força destes grupos inter-religiosos. Eles são capazes de superar suas divergências e encontrar um terreno comum baseado no amor e no respeito mútuo.

Mohammed Alhomsi, presidente muçulmano do grupo Interfaith Encounter Association, descreve a sua relação como um casamento, onde se comprometem a permanecer juntos como seres humanos. Joan Goldstein, a presidente judia do mesmo grupo, vê a relação como a de primos que partilham uma história comum.

Apesar das tensões e diferenças de opinião, estes grupos inter-religiosos encontraram conforto na sua amizade e compreensão mútua. Eles continuam a reunir-se, seja virtualmente ou pessoalmente, para partilhar as suas opiniões, as suas preocupações e as suas dores.

Numa altura em que os crimes de ódio estão a aumentar, estes grupos inter-religiosos estão determinados a falar contra o ódio e a intolerância. Joan Goldstein falou recentemente numa reunião do conselho municipal da sua cidade para denunciar crimes anti-semitas e islamofobia. Ela sublinhou que as pessoas de fé, independentemente da sua religião, merecem ser reconhecidas e respeitadas.

O conflito entre Israel e o Hamas pode parecer intransponível, mas estes grupos inter-religiosos lembram-nos que é possível encontrar a paz e a compreensão mútua, mesmo nos momentos mais difíceis.

Nestes tempos conturbados, é crucial continuar a construir pontes entre as diferentes comunidades religiosas, a fim de aliviar as tensões e promover a coexistência pacífica. Os grupos inter-religiosos desempenham um papel vital neste esforço, incentivando o diálogo, a compaixão e o respeito mútuo.

Trabalhando em conjunto, podemos superar divisões e construir um futuro melhor, onde a diversidade religiosa seja celebrada e a compreensão mútua seja a norma.

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